Vini Jr. vai fazer parte da comissão de discussão sobre o racismo da Fifa


A seleção brasileira recebeu nesta quinta-feira a visita do presidente da Fifa, Gianni Infantino, em Barcelona, onde o grupo nacional está concentrado para os amistosos de sábado e terça-feira. O dirigente conversou com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e com o atacante Vinicius Júnior, vítima de diversos ataques racistas nos últimos meses no futebol espanhol.


Nas conversas reservadas e num breve discurso para os jogadores brasileiros, Infantino reiterou a luta da Fifa contra casos de discriminação no futebol, principalmente quanto a atos racistas, dentro e fora do gramado. “Se há racismo, o jogo tem que parar! Basta!”, declarou o mandatário da entidade que rege o futebol mundial.


“Não temos apenas que falar. Temos que ser contundentes! Chega! Basta! O Brasil é o país mais importante do futebol mundial e estamos unidos com a CBF para que outras federações possam também agir de forma firme contra as discriminações nos estádios, nas redes sociais, no universo que envolve o futebol”, disse Infantino.


O presidente afirmou que a Fifa vai criar uma comissão, com a participação de atletas, para discutir propostas de combate ao racismo no futebol e Vini Jr. deve fazer parte da comissão. Sobre o assunto, ele conversou com o brasileiro, que se tornou notícia mundial no fim de maio por conta de um caso de racismo no estádio Mestalla, do Valencia, em partida do Real Madrid no Campeonato Espanhol.


O caso ganhou repercussão internacional e gerou até um início de crise diplomática entre Brasil e Espanha. Na esteira dos acontecimentos, o presidente da CBF e o presidente da Real Federação de Futebol da Espanha, Luis Rubiales, anunciaram um amistoso entre as duas seleções em março de 2024, no estádio Santiago Bernabéu, do Real, para combater o racismo.


“Somos a primeira federação do mundo a estabelecer perda de pontos como punição para essas situações no Regulamento Geral das Competições. E temos que ir além. No Brasil, semanas atrás, um torcedor foi identificado após ofensas racistas e acabou preso. Racismo é crime, não pode haver tolerância com crimes. Esperamos que a sociedade como um todo abrace essa causa. Que a imprensa reforce isso. A CBF quer que através do futebol o mundo volte a ser mais alegre”, declarou Ednaldo.


De acordo com a CBF, Infantino também teve uma conversa reservada com Ednaldo por cerca de meia hora. Antes disso, ele conversou com jogadores da seleção e bateu foto com uma camisa da seleção brasileira, com seu nome nas costas. O presente foi dado pelo capitão da equipe, o volante Casemiro.


E aí, quem vem? Veja a situação de cada um dos cotados a assumir a seleção brasileira



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