Venezuela: Chavismo vence em 20 de 23 Estados e sai vitorioso das eleições regionais

O Grande Polo Patriótico, coalizão eleitoral chavista, conquistou o governo de 20 dos 23 Estados nas eleições regionais da Venezuela realizadas neste domingo (21/11) e saiu da disputa com uma ampla vitória. 

Foram eleitos para um mandato de quatro anos os candidatos da esquerda governista nos Estados de Amazonas, Anzoátegui, Apure, Aragua, Barinas, Bolívar, Carabobo, Delta Amacuro, Falcón, Guárico, La Guaira, Lara, Mérida, Miranda, Monagas, Portuguesa, Sucre, Táchira, Trujillo e Yaracuy. 

Além disso, a candidata do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) à prefeitura de Caracas, Carmen Melendéz, recebeu 59% dos votos e foi eleita a nova prefeita da capital.

Já o setor da oposição de direita ligada ao ex-deputado Juan Guaidó, que não participava de uma eleição há seis anos, conquistou os governos de três Estados: Cojedes, Nueva Esparta e Zulia.

Os resultados foram divulgados na madrugada desta segunda-feira (22/11) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país. Segundo o CNE, foram apuradas mais de 90% das urnas e os resultados para os governos de Estado são irreversíveis.

Ainda de acordo com o órgão eleitoral venezuelano, a participação nesse processo eleitoral foi de 41,8%, um índice maior do que os cerca de 31% que participaram nas últimas eleições, em dezembro de 2020, que elegeu o Parlamento do país. 

Em pronunciamento minutos depois da divulgação dos resultados, o presidente Nicolás Maduro disse que o desempenho da esquerda constitui uma “vitória do povo, que está sob uma guerra pelas sanções impostas pelos EUA” e prometeu trabalhar em conjunto com todos os governadores eleitos, inclusive com os da oposição.

“Eu faço um chamado aos ganhadores e aos não ganhadores para que respeitemos os resultados. Vamos trabalhar com diálogo, com entendimento, estou estendendo minha mão aos governadores eleitos da oposição para que trabalhemos juntos”, afirmou.

As eleições regionais venezuelanas, que servirão para renovar mais de 3 mil cargos entre governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores, contou também com a participação de missões de observação eleitoral internacionais como da União Europeia, Centro Carter e da ONU.


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