Uso de IA para falar com os mortos também cresce na China

O fenômeno das Inteligências Artificiais que criam avatares de pessoas que já morreram também se espalha pela China.

O Olhar Digital descreveu, recentemente, uma situação parecida nos Estados Unidos, onde especialistas discutem os limites éticos dessa tecnologia.

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A agência internacional de notícias AFP (Agence France-Presse) conversou com pais chineses que perderam seu único filho, Xuanmo, que faleceu no ano passado, quando tinha apenas 22 anos.

De lá para cá, o pai dele, Seakoo Wu, gastou milhares de yuans para ter o seu menino de volta.

Ele reuniu fotos, vídeos e gravações de áudio do rapaz.

Os resultados até agora são rudimentares, mas ele não perdeu a esperança: não se importa em continuar gastando para voltar a ver o seu garoto.

“Um dia, filho, todos nos reuniremos no metaverso”, disse Wu.

Mercado em ascensão

Empresas chinesas dizem já ter criado milhares de “pessoas digitais”, ou bots fantasmas, como tem sido chamados esses avatares.

Algumas delas garantem que conseguem entregar o pedido a partir de apenas 30 segundos de material audiovisual do falecido.

A AFP conversou com Zhang Zewei, fundador da empresa de IA Super Brain, e, segundo ele, essa indústria está crescendo na China.

A Super Brain cobra, hoje, entre 10 mil e 20 mil yuans para criar um avatar básico em cerca de 20 dias.

Fazendo a conversão, isso fica entre US$ 1.400 e US$ 2.800, algo entre R$ 7.000 e 14 mil reais.

Indagado sobre a questão ética em recriar pessoas que já morreram, Zhang declarou: “Enquanto estivermos ajudando quem precisa, não vejo problema”.

As informações são do portal TechXplore.


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