Uber é processada nos EUA por falta de acessibilidade para passageiros

A Uber está sendo processada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em um tribunal federal da Califórnia por não adaptar seus serviços para pessoas com deficiência. As autoridades alegam que, às vezes, esses clientes pagam mais pela viagem porque demoram mais para entrar no carro.

Desde 2016, a Uber aplica uma penalidade econômica para o cliente quando o motorista espera mais de dois minutos no ponto de encontro definido com antecedência – para clientes Uber Black ou SUV, o limite é de cinco minutos.

Na denúncia, o Departamento de Justiça indica que “muitos passageiros com mobilidade reduzida precisam de mais de dois minutos para entrar ou carregar seu veículo, por motivos diversos”.

As autoridades mencionam cadeiras de rodas e andadores, “que devem ser dobrados e colocados no carro”.

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A ação admite que o Uber paga aos clientes com deficiência um reembolso pela multa que tiveram que pagar pela corrida, mas aponta que a empresa também se recusou algumas vezes a atender aos pedidos de compensação.

Os motoristas não podem alterar os parâmetros da corrida e evitar que os clientes com mobilidade reduzida sejam penalizados.

Para o Departamento de Justiça, essas práticas fazem parte da violação da Lei dos Americanos com Deficiências (ADA, na sigla em inglês), que visa combater a discriminação contra esse grupo e foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em 1990.

Um porta-voz da Uber afirmou à AFP que a empresa fez uma mudança “na semana passada” nesse sentido. “Agora, a cobrança extra (pelo tempo de espera) será suprimida para qualquer passageiro que ateste ter alguma deficiência”, disse.

A Uber nega que sua solução e a precificação violem a ADA e garante que “seguirá melhorando seus produtos para permitir que todos possam viajar facilmente para casa”.


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