Sánchez, que acredita que ainda há muito a ser feito a esse respeito na região, fez esse apelo durante a abertura da cerimônia comemorativa presidida pelo rei Felipe VI da Espanha para marcar o 30º aniversário das cúpulas ibero-americanas. O evento foi apresentado pela presidente da Agência Efe, Gabriela Cañas, com a participação de outros seis chefes de Estado, pessoalmente ou por teleconferência.
Para Sánchez, as cúpulas ibero-americanas são “a melhor expressão do vínculo de fraternidade” que une os países que delas participam e representam “uma história de sucesso” por causa de sua continuidade, apesar das profundas mudanças na região, e porque todos os líderes participam, independentemente de sua ideologia.
“Somos uma comunidade unida, que vai além da estratégica, e compartilhamos laços dos quais nos orgulhamos muito e que constituem um dos nossos melhores e mais valiosos sinais de identidade”, destacou.
Além disso, ele destacou que a comunidade ibero-americana tem muitos desafios cruciais, como “o estabelecimento, a consolidação e o avanço das democracias”.
“Democracia, respeito ao Estado de direito social e democrático, direitos humanos, segurança jurídica, instituições e liberdades são tarefas que cabem a todos nós”, enfatizou.
IMPORTÂNCIA DAS CÚPULAS.
Ao elogiar as cúpulas ibero-americanas, Sánchez afirmou considerar essencial que ao longo dos 30 anos elas tenham oferecido resultados concretos que beneficiaram a população e deu como exemplo o fundo para água e saneamento, definido na reunião de 2007.
O presidente do Governo espanhol também destacou o Acordo Multilateral Latino-Americano de Seguridade Social, o acordo-quadro sobre a circulação de talentos e o estabelecimento da cooperação ibero-americana como a espinha dorsal da comunidade e como uma forma de melhorar a vida daqueles que têm menos recursos.
Para ele, as cúpulas são um fórum valioso que deve ser preservado e enriquecido e que deve se concentrar em desafios como mudança climática, recuperação justa, digitalização e garantir que a região desempenhe um papel mais relevante no concerto geopolítico global e seja altamente competitiva.
“É essencial avançar na eliminação da pobreza, na luta contra a desigualdade que permeia todas as sociedades”, acrescentou Sánchez, antes de pedir que sejam feitos esforços especiais para respeitar os direitos das mulheres.
O chefe do governo espanhol também lembrou a importância de conseguir relações ainda mais estreitas entre a Ibero-América e outras regiões, como a União Europeia.
Gabriela Cañas, por sua vez, destacou o compromisso da Efe com toda a comunidade Ibero-Americana e detalhou com dados a expansão da agência em ambos os lados do Atlântico.
“Nosso coração é ibero-americano. Nós acreditamos na Ibero-América. É nossa casa, e confiamos que podemos continuar a contar as realizações das cúpulas e da Secretaria-Geral Ibero-Americana e de tudo o que ainda precisa ser feito”, afirmou a presidente da Efe. EFE