saiba por que uma bomba nuclear é tão potente

A questão é que, além dos prótons, o núcleo do urânio possui muitos nêutrons: o isótopo mais comum, o urânio-238, tem 146 nêutrons em seu núcleo. Não à toa, ele é o elemento químico mais pesado que existe na natureza.

O problema é que o isótopo urânio-238 não é o mais físsil desse elemento: esse título pertence ao urânio-235, cujo núcleo tem 92 prótons e 143 nêutrons. E dentre os átomos de uma “porção” de urânio, apenas 0,7% dos isótopos serão de urânio-235.

A solução para isso é o enriquecimento, que consiste em centrifugar o gás hexafluoreto de urânio (UF6), para que o isótopo urânio-235, por ter massa menor, acabe sendo separado do isótopo urânio-238. Com isso, é possível extrair amostras do elemento com alta concentração do seu isótopo mais físsil —o que é um passo determinante para a construção de armamentos nucleares.

O que é uma bomba de fusão?

Ao contrário do que muita gente pensa, há um tipo de bomba ainda mais forte do que as bombas de fissão nuclear. As chamadas bombas termonucleares, ou bombas de hidrogênio, funcionam no sentido oposto das de fissão: ao invés de quebrar o núcleo de um átomo, a energia liberada vem da fusão de dois átomos para a criação de um novo elemento.

As bombas de fusão usam a mesma reação vista no Sol, que é a união de dois átomos de hidrogênio —um com um próton e um nêutron no seu núcleo e outro com um próton e dois nêutrons no seu núcleo—, formando um átomo mais pesado, no caso o hélio.