Premiê anuncia restrições para combater a variante ômicron no Reino Unido

Londres, 27 nov (EFE).- O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou neste sábado uma série de restrições para combater a variante ômicron do novo coronavírus, entre elas, a obrigatoriedade do uso de máscara em estabelecimentos comerciais e transporte público, além de testes de detecção para viajantes.

O chefe de governo, que antes do verão, flexibilizou todas as limitações vigentes, concedeu entrevista coletiva e destacou a importância de se “ganhar tempo”, minimizando os contágios até que os especialistas determinem o efeito da nova variante.

Johnson reforçou que o governo “não irá proibir as viagens”, mas, a partir de agora e, pelo menos, até que sejam revistas as medidas em três semanas, as pessoas vacinadas que chegarem ao Reino Unido deverão realizar teste PCR no fim do segundo dia da chegada e seguirem isoladas até que saia um resultado negativo.

Até hoje, as pessoas que estavam vacinadas e que chegam de territórios permitidos, só precisavam fazer um teste de antígenos, obrigatoriedade que segue para aquelas pessoas que não foram imunizadas. Todos os casos positivos deverão se confinar por dez dias.

Os familiares e pessoas próximas daqueles que tiverem detectada a infecção pela variante ômicron, estejam ou não vacinadas, precisarão passar por período de quarentena, segundo explicou Johnson.

Além disso, explicou o premiê, serão endurecidas “as normas sobre as máscaras em lojas e no transporte público”, assim como em outros espaços fechados. Atualmente, o item de proteção é considerado de uso voluntário.

Apesar de admitir que ainda não se sabe sobre a eficácia das vacinas contra a nova variante, Johnson cobrou que toda a população receba a dose de reforço de algum dos imunizantes.

Hoje, o ministro da Saúde, Sajid Javid, que foram detectados dois casos de infecção pela variante ômicron do novo coronavírus, em pessoas que já estão cumprindo período de isolamento.

O titular da pasta indicou que os registros aconteceram na localidade de Chelmsford, no condado de Essex, na região central da Inglaterra, que fica próxima a Londres e Nottingham.

RESTRIÇÃO DE VOOS.

O ministro ainda explicou que outros quatro países foram incluídos na lista de alerta pelo governo britânico. Assim, a partir de amanhã, dessas nações, apenas cidadãos locais podem entrar no Reino Unido, tendo que cumprir dez dias de quarentena.

A partir deste domingo, Angola, Malaui, Moçambique e Zâmbia se juntaram a África do Sul (onde a ômicron foi inicialmente detectada), Botsuana, Lesoto, Namíbia, Suazilândia e Zimbábue.

“Se alguém viajou para esses quatro países ou para qualquer outro da lista vermelha, nos últimos quatro dias, devem se isolar e realizar teste PCR”, pediu o ministro.

A ômicron foi anunciada ontem como variante de risco pela Organização Mundial da Saúde e causa preocupação devido ao grande número de mutações da cepa original do novo coronavírus. EFE


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