Tudo sobre Apple
Tudo sobre Inteligência Artificial
Investidores têm ficado impacientes com a postura enigmática do CEO da Apple, Tim Cook, em relação aos trabalhos da empresa voltados para inteligência artificial (IA) generativa – tecnologia por trás do ChatGPT, da OpenAI (e Microsoft, por extensão), e Gemini, do Google, por exemplo. É o que revela o Wall Street Journal (WSJ) nesta quinta-feira (29).
Para quem tem pressa:
- Investidores têm ficado impacientes com a abordagem cautelosa da Apple em relação à inteligência artificial (IA) generativa. Eles temem que a empresa esteja “na lanterna” em comparação a concorrentes como Microsoft e Google neste campo;
- Em meio à pressão para inovar, a Apple cancelou seu projeto de carro elétrico para focar em IA generativa, mudança estratégica acolhida com entusiasmo (quase) unânime dos investidores;
- Durante a reunião anual de acionistas, o CEO da Apple, Tim Cook, afirmou que a empresa tem investido em IA há anos e prometeu que a empresa vai “abrir novos caminhos” nesta área em 2024;
- Atualmente, a Apple enfrenta desempenho de mercado inferior ao de seus concorrentes, em parte devido à desaceleração nas vendas do iPhone e à espera por novos produtos de IA. Enquanto isso, Microsoft, Google e Samsung avançam rapidamente na integração de IA generativa em seus produtos e serviços.
“IA é o que anima a maioria dos investidores atualmente. Quase todo o impulso no mercado em geral está sendo alimentado pela IA”, diz Brian Mulberry, gerente de carteira de clientes na Zacks Investment Management, acionista da Apple. E, segundo ele, a Apple “ainda não fez uma grande entrada no espaço da IA”. Daí a impaciência dos investidores.
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É justamente neste contexto que a big tech cancelou seu projeto de carro elétrico (após uma década de antecipação, diga-se) e realocou funcionários para se debruçarem sobre IA generativa. Decisão recebida com entusiasmo quase unânime entre investidores da empresa, segundo o WSJ.
Apple promete abrir ‘caminhos’ na IA
Durante a reunião anual de acionistas, Cook enfatizou que a Apple tem investido em IA há anos e destacou áreas na qual a tecnologia já é utilizada. No Vision Pro, por exemplo, a IA é crucial no mapeamento tridimensional. Mas sua contribuição significativa para a receita da empresa ainda parece estar a anos de distância, segundo analistas ouvidos pelo WSJ.
Diante desta pressão, o CEO prometeu que a empresa vai “abrir novos caminhos” na IA em 2024. A expectativa é que novos recursos sejam apresentados na conferência anual de desenvolvedores da empresa. Apesar de ser uma das ações preferidas de investidores renomados, a Apple tem enfrentado desempenho inferior ao de seus principais concorrentes tecnológicos no último ano, impactada pela desaceleração nas vendas do iPhone e pela falta de novos produtos com IA.
A Microsoft superou a Apple em valor de mercado, em grande parte devido ao seu investimento na OpenAI, posicionando-se como líder no campo da IA generativa. Enquanto isso, a Apple luta para acompanhar os avanços de IA de concorrentes como a Amazon e o Google, especialmente no que se refere a assistentes de voz.
Para reforçar seus esforços em IA, a Apple contratou John Giannandrea, do Google, em 2018. Mesmo assim, a empresa ainda não realizou anúncios impactantes no setor de IA comparáveis aos de seus rivais. Enquanto isso, concorrentes como a Samsung já começaram a integrar recursos avançados de IA em seus dispositivos.