As nuvens são feitas de pequenas gotinhas de água e de gelo que se aglomeram na atmosfera. Isso acontece porque, ao entrar em contato com o calor do Sol, a água presente na superfície da Terra evapora, passando do estado líquido para o gasoso.
Como o ar quente é mais leve, a água no estado gasoso acaba subindo para a atmosfera. Mas, ao atingir grandes altitudes, o ar quente resfria e volta para o estado líquido (gotinhas) novamente ou se transforma em cristais de gelo, dependendo de quão baixa é a temperatura (lembrando que, quanto maior a altura, mais frio).
É aí que a nuvem “nasce”.
Embora a nuvem funcione como uma barreira para que os raios solares cheguem até a superfície da Terra, a maioria dos raios consegue atravessar as gotinhas que formam as nuvens.
Apenas 20% do que é refletido pelas gotículas volta para a atmosfera e outros 3% são absorvidos.
O problema é que, quando as nuvens começam a ficar muito espessas, com camadas de vapor d’água e gelo formando verdadeiras torres (algumas chegam a 15 quilômetros), os raios solares não conseguem atravessá-la por completo, deixando principalmente sua base mais escura.
Para se ter uma ideia, é como se essa nuvem espessa fosse um oceano profundo: à medida que descemos, fica cada vez mais escuro, já que a luz do Sol não consegue chegar.
É aí que o “tempo fecha”.
Geralmente, esse tipo de nuvem é chamada de nimbostratus. Conhecidas como um tipo de nuvem baixa, ela é encontrada em altitudes que vão de 600 metros a 3.000 metros.
Por serem grandes, pesadas e cheias de umidade, essas nuvens escuras acabam gerando verdadeiros “pés d’água”, com chuvas intensas, mas sem grandes episódios de raios.
Depois do toró, elas ficam menos pesadas e espessas e voltam a ficar brancas até desaparecerem.
Pode não ser chuva
Nem todas as nuvens escuras indicam que a chuva está a caminho. Aquelas que produzem precipitações são encontradas na baixa atmosfera da Terra, em uma camada conhecida como troposfera.
Em outros casos, as gotas que saem das nuvens escuras podem evaporar antes de tocar na superfície —algo bastante comum na região Nordeste do Brasil.
Além disso, as nuvens precisam de uma certa extensão vertical entre a base e o topo para que as correntes de ar exerçam a função de movimentar as gotículas de baixo para cima até que elas subam, esfriem e, assim, precipitem.
E por que as nuvens são brancas?
A grande quantidade de gotículas e cristais de gelo funcionam como uma espécie de minúsculos prismas que decompõem a luz do sol nas sete cores do arco-íris —vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Ao contrário das partículas atmosféricas, que dispersam mais a luz azul do que outras cores, as partículas das nuvens dispersam igualmente todas as cores da luz. Quando a luz contém todas as cores, nós a percebemos como branco.