“A história tem o seu peso e hoje sinto a necessidade de renovar o pedido de perdão de Deus e dos irmãos pelos erros cometidos por tantos católicos”, afirmou o Pontífice.
Há vinte anos, João Paulo II pediu “perdão” pelos pecados dos católicos contra os ortodoxos, separados desde o cisma de 1054 entre Roma e Constantinopla, em referência ao saque em 1204.
A queda de Constantinopla – atual Istambul, na Turquia – é uma das grandes controvérsias que sempre dificultou a reaproximação das duas igrejas.
“Não te deixes paralisar pela negatividade e preconceitos do passado, mas olha a realidade com novos olhos”, pediu Jorge Bergoglio aos ortodoxos.
O Santo Padre ressaltou que, desta forma, “as tribulações do passado deixarão espaço para as consolações do presente e seremos consolados pelos tesouros da graça que iremos reencontrar nos irmãos”. “Acabamos de iniciar, como católicos, um itinerário de aprofundamento da sinodalidade e sentimos que temos muito a aprender”, explicou.
Por fim, Francisco também convidou os ortodoxos a desenvolverem “juntos formas de cooperação na caridade”.
Colaboremos nas questões éticas e sociais para servir as pessoas do nosso tempo e levar0lhes a consolação do Evangelho. O espírito nos chama, de fato, hoje mais do que no passado, a curar as feridas da humanidade com o óleo da caridade”.
O Cisma de 1054 marca a separação entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, devido a divergências, como a submissão a Roma.
A liturgia ortodoxa é mais longa, normalmente na língua do país, e recorre a mais ritos. (ANSA)