O YouTuber brasileiro Gabriel Ferraz – Detetive Virtual de Hardware , que já fez reviews de SSDs aqui para o Adrenaline, apresentou em seu canal o overclock em SSD, um vídeo mostrando esse processo – que pode ser aplicado com os materiais que o profissional utilizou, apesar de não ser recomendável.
A intenção era mostrar as diferenças que podem ser obtidas quando são alteradas as frequências do controlador e da NAND Flash. No vídeo, Gabriel modifica o clock do controlador de 425 MHz para 500 MHz e das NANDs, que antes estavam em 193.75 MHz (387,5 MT/s) e foram levadas a 400 MHz (800 MT/s).
Ele afirma que realizou a compra de um SSD SATA da RZX através do Mercado Livre, com controlador Silicon Motion SM2259XT2 e NAND Kioxia – modelo BICS4 com 96 camadas e 256GB.
Fora do pacote, ele comprou via AliExpress um adaptador SATA para USB 3.0, com bridge chip Micron JMS578 – possibilitando a modificação, já que o software utilizados no processo tem compatibilidade com este formato.
Segundo o YouTuber, o overclock foi realizado através do MPtools – um software usado pelos fabricantes durante a produção para gravarem o firmware nos SSDs.
Os resultados do overclock nos benchmarks
No benchmark Crystal Disk Mark, é notável que na escrita o overclock não teve grandes diferenças em seus resultados. A latência é um pouco menor e a velocidade dele não avança de forma significativa.
Já na leitura e escrita aleatória as mudanças são mais positivas e o SSD alcança 170 MB/s na leitura em comparação aos 134 MB/s comuns. Em escrita, ele atingiu 293 MB/s enquanto vemos ele em 286 MB/s sem o acréscimo.
No 3DMark (gaming), o overclock do SSD alcançou uma pontuação de 1.159, sendo que ele atinge 959 pontos em “stock”. São 200 pontos adicionais de diferença e uma porcentagem de aproximadamente 20% de melhoria de seu desempenho.
Ao testar o overclock no PCMark10, que utiliza diversas ferramentas da Adobe Suit para teste como o Photoshop Lightroom, Microsoft 365 e diversas outras aplicações, foram obtidos mais de 100 pontos de diferença. Enquanto o SSD modificado alcança a pontuação de 932, a versão comum tem 838.
Testes também foram executados no Premiere e no carregamento de alguns games em operação, trazendo um empate técnico e não justificando o procedimento para estes fins.
Os demais testes
Ferraz também aplica a transferência de arquivos e mostra a velocidade que uma ISO do Windows 10 64-bit alcança tanto no overclock quanto sem o impulso. Há uma diferença pequena de velocidade, porém o YouTuber afirma que quanto maior o arquivo, mais este número ficará distante e pode atingir resultados significativos de desempenho.
Em temperatura, ele afirma que o SSD é travado em 40ªC e, removendo a sua limitação, ele atingiu o máximo de 54ºC – o que também não é um resultado tão preocupante e ficando abaixo do limite de thermal throttling do seu controlador.
Em questão energética, o overclock quase dobrou o consumo máximo do SSD e atingiu 2W. Em idle, que é o comum para computadores e notebooks, ele também viu um aumento de aproximadamente 100 mil mW.
O fim do SSD
Vale notar que Gabriel Ferraz afirma que, ao fim dos testes de overclock no SSD, o hardware ficou inutilizável e não era mais reconhecido pelo computador. Ou seja, é possível que o procedimento tenha prejudicado com Bad Blocks e isso tenha gerado problemas para sua utilização.
Este é um dos fatores pelo qual não é recomendável que realize o projeto de forma caseira, já que pode causar problemas para seu PC caso o SSD fique inoperante.
Fonte: Gabriel Ferraz – Detetive Virtual de Hardware
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