Você já ouviu falar no ciclo solar? O fenômeno apresenta mudanças na quantidade e tamanhos de manchas solares, fáculas, explosões e ejeções de massa coronal. Além de um risco de tempestade solar, segundo relatam os cientistas.
Entenda como esse ciclo de atividade magnética solar foi descoberto, o que ele é exatamente e quais as suas consequências no planeta. Confira no artigo.
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Como o ciclo solar foi descoberto?
Muito longe de ser um fato novo, astrônomos como Galileu Galilei já conseguiam ver e registrar as manchas solares em seus esboços e anotações. Há até mesmo histórico de chineses que registraram o fenômeno antes de Galileu.
Mas isso ficou ainda mais evidente, em 1843, quando Samuel Heinrich Schwabe, depois de 17 anos de observações, descobriu que a variação de tamanho e quantidade de manchas era periódica.
No entanto, foi em 1852 que Rudolf Wolf criou o sistema de contagem dos ciclos solares, atribuindo àquele iniciado em 1755 o número 1. A partir de então, através de séculos, cientistas vem descobrindo cada vez mais fenômenos nos padrões de variação da atividade solar, mas ainda há imensidão de informações a serrem exploradas, afim de compreender os mecanismos em torno do ciclo solar.
O que é o ciclo solar?
Em resumo, o ciclo solar são as mudanças a cada 11 anos que envolvem o tamanho e o número de manchas solares. Dessa forma, a cada uma das três fases do ciclo (mínimo-máximo-mínimo), também mudam as chances de uma tempestade solar atingir a Terra, já que elas estão diretamente relacionadas às manchas solares.
Portanto, a grande necessidade de os astrônomos trabalharem continuamente para entender e prever com maior antecedência o surgimento de manchas. Deste modo, prever esses ciclos é importante para proteger a Terra das tempestades geomagnéticas, que podem causar danos aos satélites e espaçonaves em órbita e até mesmo redes elétricas em solo.
Sendo assim, no máximo solar, as chances de tempestades violentas ocorrerem são maiores. Já o mínimo solar é indicado por um declínio e tempo de “tranquilidade” na superfície ao longo de 12 meses, em média.
Com isso, os cientistas consideram o período de 11 anos em um como não absoluto, mas como uma média. De forma que a duração de um ciclo pode variar de 9 a 14 meses, assim como cada uma de suas fases.
Quais consequências, o ciclo solar pode apresentar?
Primeiramente, o ciclo solar pode trazer as mudanças na quantidade e tamanhos de manchas solares, fenômenos como faculae, explosões solares e ejeções de massa coronal.
Essas erupções e as ejeções são eventos explosivos causados pelo rompimento e reconexão de filamentos magnéticos que impulsionam a liberação de radiação ultravioleta, raios-x e partículas carregadas. Os eventos são energéticos o suficiente para enviar a radiação e as partículas em direção a todo o Sistema Solar interno e além, incluindo a Terra.
Dessa forma, quando essa emissão atinge nosso planeta, chocam-se com o campo magnético da Terra, que nos protege de um impacto agressivo. Mesmo assim, tais linhas do nosso campo magnético se fecham nos polos, onde as partículas carregadas podem penetrar em nossa atmosfera, causando a chamada tempestade solar.
Para se ter uma ideia de quanto esses ciclos podem ser agressivos, em função de uma tempestade solar, 38 dos 49 satélites lançados pela empresa de Elon Musk caíram no dia 29 de janeiro de 2022.