A Nvidia se tornou a dona da ação mais negociada de Wall Street, desbancando a Tesla, dona do título desde 2020, conforme dados do LSEG. Segundo a Reuters, cerca de US$ 30 bilhões em ações da fabricante de chips mudaram de mãos diariamente nas últimas 30 sessões, ficando à frente da montadora de carros elétricos de Elon Musk, que faturou em média US$ 22 bilhões por dia no mesmo período.
O que você precisa saber:
- A notícia reforça a proeminência da empresa após conquistar o terceiro lugar como empresa mais valiosa dos EUA;
- A escalada também prova o protagonismo da IA no mercado e como as apostas relacionadas a tecnologia se tornaram centrais para os investidores;
- A expectativa agora, no entanto, se volta para os resultados oficiais da Nvidia, que devem ser divulgados na quarta-feira (21);
- Enquanto as ações da Nvidia dispararam 47% em 2024, as da Tesla caíram 20%. A montadora enfrenta uma demanda média por elétricos, além de uma concorrência crescente.
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Há um argumento aqui de que este é o início de uma nova era de negociação, como o início da Internet, com a Nvidia na pole position.
Dennis Dick, trader da Triple D Trading, à Reuters.
O outro lado do sucesso repentino
Com altas expectativas, no entanto, se a Nvidia não oferecer um relatório positivo e além das previsões ao mercado, o cenário pode mudar de positivo para negativo bem rápido — assim como a subida ao topo. Resultados inferiores às apostas podem reverter a recuperação que fez suas ações dispararem 47% em 2024.
Especialistas pontuam que a escalada em ações relacionadas à IA, como no caso da Nvidia e Microsoft, sugere que os investidores e traders algorítmicos estão elevando os preços das ações com base no impulso e não nos fundamentos, como as expectativas de crescimento futuro das receitas.
Dona de cerca de 80% do mercado de chips de IA, a Nvidia ultrapassou a Amazon como empresa mais valiosa do mundo e, em poucos dias, também alcançou a Alphabet, dona do Google. Atualmente, empresa possui um valor de mercado de US$ 1,8 trilhão, ficando atrás apenas da Microsoft e Apple — há um ano esse valor era de US$ 540 bilhões.