O CEO da Lyft, David Risher, reconheceu publicamente um equívoco significativo que ocorreu no relatório de resultados do quarto trimestre da empresa, descrevendo-o como uma situação “frustrante” para toda a equipe.
O que você precisa saber:
- As ações da gigante de transporte por aplicativo dispararam mais de 60% após a divulgação do relatório na terça-feira à noite, impulsionadas pela afirmação de que a Lyft veria uma expansão de margem de 500 pontos-base, ou 5%, em 2024.
- Este seria um salto considerável para uma empresa que historicamente enfrenta dificuldades para gerar lucro.
- No entanto, durante a conferência trimestral com investidores, a CFO da Lyft, Erin Brewer, esclareceu que esse número estava incorreto e que a expansão real seria de apenas 50 pontos-base, ou 0,5%.
- Isso significa que a margem de lucro ajustada da Lyft, como porcentagem das reservas, aumentaria para 2,1% este ano, em comparação com os 1,6% registrados em 2023.
- O erro também foi refletido nos slides apresentados durante a conferência.
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Risher assumiu a responsabilidade pelo equívoco, admitindo que foi um erro grave por parte da empresa. Ele destacou que o erro foi identificado logo após a chamada de resultados, quando se percebeu o interesse significativo na margem de lucro. A Lyft emitiu uma correção imediata para evitar qualquer confusão adicional.
Apesar da correção, as ações da Lyft ainda mantiveram um aumento considerável, superando as expectativas dos analistas, mas não conseguiram manter todo o ímpeto inicial, resultando em uma perda de valor de mercado de mais de US$ 2 bilhões.
A Lyft reportou uma receita de US$ 1,22 bilhão para o trimestre, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os lucros ajustados por ação foram de 18 centavos, superando as estimativas dos analistas. As reservas brutas para o ano aumentaram 14%, chegando a US$ 13,8 bilhões, enquanto as reservas para o trimestre aumentaram 17%, atingindo US$ 3,7 bilhões.
Apesar do deslize, Risher destacou que foi um “ótimo trimestre” para a empresa.