Porto Príncipe, 21 Nov 2021 (AFP) – Dois dos 17 cidadãos norte-americanos que foram sequestrados por uma gangue haitiana em meados de outubro foram libertados, informou neste domingo (21) a igreja à qual os reféns são filiados, destacando que eles estão “de bom ânimo”.
“Apenas informação limitada pode ser fornecida, mas podemos reportar que os dois reféns que foram libertados estão seguros, de bom ânimo e sob cuidados”, informou em um comunicado em seu site a igreja Ministérios de Ajuda Cristã, com sede nos Estados Unidos.
Os missionários e seus familiares – um grupo de 16 americanos e um canadense – foram sequestrados em 16 de outubro quando voltavam de um orfanato ao leste da capital, Porto Príncipe, região controlada por uma das gangues criminosas mais poderosas do Haiti.
A Ministérios de Ajuda Cristã tinha informado que os reféns são 12 adultos com idades entre 18 e 48 anos e cinco crianças com idades entre oito meses e 15 anos.
“Não podemos fornecer ou confirmar os nomes dos libertados, as razões de sua libertação, de onde são ou sua localização atual”, acrescentou a congregação.
“Embora nos alegremos com esta libertação, nossos corações estão com as quinze pessoas que ainda estão cativas”, prosseguiu.
Os Estados Unidos alertaram seus cidadãos a não viajarem ao Haiti, em particular devido a sequestros que visam particularmente os americanos.
Os sequestradores tinham exigido um resgate de US$ 17 milhões para libertar o grupo, informaram à AFP fontes de segurança. A igreja não deu detalhes sobre o caso neste domingo.
O aumento recente dos sequestros no Haiti deixou em evidência o domínio crescente das gangues no país, o que as forças de ordem não têm conseguido conter.
O Centro de Análises e Pesquisas em Direitos Humanos (CARDH na sigla em inglês) informou no fim de outubro que desde janeiro pelo menos 782 pessoas tinham sido sequestradas com pedido de resgate no Haiti, quase o mesmo número de todo o ano de 2020, quando foram registrados 796 sequestros no total.
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