LG OLED G3 é cara, mas a melhor TV que você pode comprar no Brasil

Quanto uma TV pode impressionar? Lançamento da LG no Brasil para esse ano, a OLED G3 é desses aparelhos. Mas nao sai barato. Vendida a partir de R$ 8.999 no site da marca, ela ocupa o topo da linha de TVs quando o assunto é tecnologia.

Quem já viu uma TV OLED sabe que essas telas oferecem excelente qualidade de imagem, especialmente em atributos como contraste. Tilt já comprovou isso ao testar a excelente OLED EVO C2, mas a OLED G3 supera com sobras sua antecessora. Isso, porém, não significa que essa TV seja perfeita e algumas das suas características podem incomodar. E é o que o teste desse modelo de 55 polegadas mostra a seguir.

Há algumas razões para o salto da C2 para a G3, como:

  • painel mais brilhante,
  • um HDR de melhor qualidade, que torna as cores das imagens mais realistas),
  • espessura menor, de meros de 2,4 cm),
  • uma versão aprimorada do sistema operacional e suporte a som DTS, útil para quem costuma assistir a filmes e séries em DVD ou Blu-Ray.

Prepare a parede –ou o bolso

Antes de começar a usar a OLED G3, o consumidor terá de lidar com uma peculiaridade: sem “pezinhos”, o modelo só pode ser posicionado na parede ou em um painel de madeira – a companhia até fornece um suporte especial.

Ponto negativo do modelo, é algo que causa estranhamento e incontornável. Felizmente, a LG instala sem custos adicionais. Se você não quiser furar a parede, há duas opções: comprar outra TV ou adquirir um suporte que é apoiado no chão e, vendido pela própria LG, custa R$ 1.999.

Uma vez posicionada, a TV se integra muito bem ao ambiente por ser bastante fina. As quatro entradas de HDMI 2.1 (duas na lateral esquerda e duas embaixo do aparelho) e três conexões USB (uma para entrada de antena digital, uma para cabo de rede e outra saída óptica de áudio) compõem um cardápio recheado de conexões. Um sistema de canaletas e presilhas permite prender os fios para que saiam apenas na parte de baixo da TV.

Sistema complexo

oled - Rodrigo Lara/UOL - Rodrigo Lara/UOL

TV OLED G3, da LG, e o controle remoto

Imagem: Rodrigo Lara/UOL

Com a TV devidamente instalada, basta uma configuração simples e rápida para começar a usá-la. O sistema operacional webOS 2023, porém, é pouco amigável – especialmente para quem não está habituado ou tem pouca paciência para fuçar.

A boa notícia é que se pode ter uma excelente experiência sem precisar mergulhar intimamente no menu. Ainda assim, algumas opções poderiam ser agrupadas para reduzir o número de ícones na tela.

O peculiar controle remoto da LG para TVs OLED é um capítulo à parte. Grande, funciona de forma similar aos joysticks do saudoso Nintendo Wii. Ou seja: ao apontá-lo para a tela, surge no display um cursor que precisa ser posicionado sobre o ícone que se quer selecionar. É charmoso no início. Mas logo troquei o método pelo uso convencional (teclas de direção como guiar pelos menus).

Para driblá-lo, é possível recorrer a comandos de voz – essas ordens ditas em alto e bom som podem controlar dispositivos da sua casa. A TV é compatível ainda com assistentes como Amazon Alexa, Google Home.

Imagem e som fantásticos

A parte que mais importa, porém, é a qualidade de imagem fantástica da OLED G3 – e isso é notado independentemente do conteúdo mostrado por ela, sejam séries ou games.

Se a resolução da imagem for 4K, essa característica fica ainda mais evidente. Recursos como o Dolby Vision e HDR10+ fazem a TV sempre oferecer a melhor imagem que cada conteúdo tem a oferecer.

Para quem não tem paciência para configurações, a TV possui opções pré-definidas de imagens que extraem o melhor da cena, não importando o conteúdo. Quem tiver tempo pode responder uma pesquisa e, a partir daí, recursos de inteligência artificial refinam as imagens para que se enquadram ao gosto pessoal do dono do aparelho.

Dois pontos, porém, chamam a atenção:

  • capacidade da tela alcançar níveis altos de brilho, garantindo uma imagem viva.
  • possibilidade da TV ser perfeitamente visível mesmo em cômodos iluminados

Isso mostra que a tela é eficiente em reduzir reflexos sem precisar fechar as janelas.

O som da OLED G3 também é ótimo e segue a lógica de configuração para a imagem: é usar pré-definições ou deixar os algoritmos de IA da TV calibrarem o áudio para você.

E na hora de jogar?

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TV OLED G3, da LG, exibe cena do game “God of War”

Imagem: Rodrigo Lara/UOL

A OLED G3 assume o posto da LG OLED EVO C2 como melhor TV para jogar, seja em consoles modernos como PlayStation 5 e Xbox Series ou em um PC ligado a ela.

Com uma taxa de atualização de 120 Hz, as imagens rodam de forma suave. Outras tecnologias, como a taxa de atualização variável (VRR), Freesync e ALLM incrementam a experiência de jogo fluida.

É possível, aliás, jogar sem ter um videogame ou PC conectado, uma vez que ela roda o serviço de jogos por streaming GeForce Now, da Nvidia. Só precisa ter controle compatível.

A LG OLED G3 também conta com um menu específico para games – acessado enquanto o videogame ou o PC está funcionando algum jogo, mostra informações como taxa de quadros por segundo ou definir previamente configurações de imagem e som conforme o estilo do game.

Retenção de imagens

Quem já usou uma TV de OLED sabe que é possível o surgimento do burn-in, fenômeno que faz com que imagens de algum conteúdo fiquem “gravadas” permanentemente na tela.

Com o passar do tempo, as fabricantes adotaram soluções para praticamente eliminar o problema, mas é uma preocupação constante. Procurada pela reportagem, a LG afirmou que “tem evoluído o painel OLED presente nas TVs para minimizar o risco de retenção de imagem”.

Isso é visto na forma de recursos que diminuem o brilho de logotipos e movimentam a tela de forma imperceptível de tempos em tempos, diz. A empresa recomenda aos usuários duas ações: evitar imagens paradas por longos períodos e que usem de tempos em tempos o recurso de limpeza de pixels do aparelho.

Vale a pena?

Considerando apenas a tecnologia em si, a LG OLED G3 ocupa o topo da marca no Brasil.

Na concorrência, a única a poder fazer frente é a recém-lançada Samsung OLED S90C. Vendida por R$ 6.999, tem recursos ausentes, caso do Dolby Vision, mas nítidas vantagens, a exemplo da taxa de atualização maior, de 144 Hz, e compatibilidade com Xbox Game Pass, que oferece uma biblioteca de jogos por streaming.

Se o foco for o custo-benefício, há uma opção da própria LG: a OLED C3, que sai por R$ 7.999. Ainda que não tenha o brilho de tela da OLED G3, as demais funções as tornam quase idênticas, com o trunfo de vir com “pezinhos” e poder ser instalada sobre qualquer móvel.

Se dinheiro não for problema, a LG OLED G3 é a melhor escolha possível. Mesmo com as “peculiaridades”, ela é excelente em todas as ocasiões.


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