A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, a Janja, voltou ao Twitter/X neste domingo, 17. O retorno se dá seis dias depois da conta dela na plataforma ter sido hackeada por um jovem de 17 anos.
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Na mensagem de retorno à rede social, a mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter pensado muito em não voltar para a plataforma após o ataque. Ela alega, porém, que decidiu fazer isso para “continuar lutando” pelas mulheres.
No texto, Janja criticou o Twitter/X. Ela aproveitou para militar politicamente e dizer ser necessário que o país discuta a responsabilização das plataformas em casos, tema que hoje é debatido no Projeto de Lei 2630.
O hacker invadiu a conta de Janja por volta de 21h30 de segunda-feira 11. Por quase uma hora e meia, o jovem intercalou mensagens de cunho sexual com outras direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ao presidente Lula e a políticos em geral. O perfil da primeira-dama foi suspenso por volta de 22h45.
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“Me senti [sic] exposta, agredida, ameaçada e desrespeitada como nunca antes”, iniciou Janja, em seu texto para anunciar sua volta ao Twitter/X. “Pensei muito sobre voltar ou não para essa rede social, não apenas por causa das agressões que aconteceram em meu perfil, mas principalmente por toda a demora dos administradores da rede em agir, congelando meu perfil para que as agressões parassem de ser postadas e pudessem ser silenciadas. Minha equipe de redes agiu rapidamente, mas o pesadelo se estendeu por uma hora e meia até o bloqueio.”
Nesta última semana, depois de ter meu e-mail, X e LinkedIn invadidos, me senti exposta, agredida, ameaçada e desrespeitada como nunca antes. Foram momentos de angústia, ansiedade e tristeza, mas também de acolhimento e força com tantas mensagens de apoio e conforto que recebi.…
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) December 17, 2023
Janja reclama do Twitter/X
Janja diz também que o transtorno e a burocracia continuaram para que a conta dela no Twitter/X fosse recuperada. Além disso, a primeira-dama afirmou que o relatório da plataforma foi entregue para a Polícia Federal “somente” quatro dias depois do crime virtual.
Em seguida, a mulher do presidente da República diz que as plataformas estão permitindo que crimes de ódio sejam praticados livremente. “Não podemos permitir que as plataformas sigam lucrando em cima do ódio, coisa que tenho certeza que aconteceu no caso da invasão do meu perfil. Um hora e meia de monetização para o X”, alegou. Ela finalizou dizendo que as mulheres querem se sentir seguras na sociedade e também no ambiente digital.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado