As experiências de carros com bateria de íon de lítio foram ocorrendo aos poucos. O primeiro veículo a ter produção massificada foi o Toyota Prius que na verdade, era um híbrido (tinha bateria e tanque de combustível), em 1997. No ano anterior, 1996, a GM lançou o EV-1, um veículo que foi comercializado em apenas alguns locais dos EUA.
Em 2006, surge a Tesla com a proposta de fazer um carro esportivo 100% elétrico e de luxo. O modelo Roadster, lançado em 2008, fazia de 0 a 100 km/h em dois segundos —curiosidade: Elon Musk mandou um desse para o espaço.
Uma junção de fatores auxiliou no sucesso atual do carro elétrico. “Novas tecnologias empregadas na construção de motores elétricos mais eficientes, semicondutores para construção de elementos de potência de gerenciamento, além de materiais nobres que permitiram criar baterias capazes de acumular grandes quantidades de energia”, explica o professor de engenharia elétrica da FEI (Fundação Educacional Inaciana) e do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) Fabio Delatore.
Fabricantes japonesas, americanas e europeias saíram na frente no mercado automobilístico, e a China resolveu inserir o carro elétrico em sua estratégia nacional em meados de 2000. O objetivo da China era reduzir a poluição, a dependência de combustível fóssil e para tentar liderar esta indústria, já que nos carros a combustão, os países previamente citados são dominantes.
Atualmente, o mercado chinês é o maior do mundo com 4,6 milhões de unidades vendidas em 2022. Por essa razão, fabricantes asiáticas —como BYD, GWM e Chery— estão de olho no mercado brasileiro, para ter um papel semelhante ao que Ford, Volkswagen e Fiat tiveram no passado. A BYD, inclusive, assumiu a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, com a saída da montadora do mercado brasileiro.