Inédito! Cientistas criam “miniórgãos” em laboratório

Cientistas de diversos países realizaram um feito inédito. Eles usaram células do líquido amniótico, que envolve o embrião no útero da mãe, para desenvolver “miniórgãos” em laboratório. O processo permite a criação de rins, intestinos e até pulmões. O objetivo é identificar possíveis doenças congênitas no feto, o que possibilitaria o diagnóstico e o tratamento precoce. 

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Cientistas conseguiram criar rins, intestinos e até pulmões com a técnica (Imagem: Chizhevskaya Ekaterina/Shutterstock)

Desenvolvimento de “miniórgãos”

Os pesquisadores realizaram análises com 12 gestantes. As mulheres realizaram um exame pré-natal, conhecido como amniocentese. A partir disso, foi coletado o líquido amniótico entre a 16ª e a 34ª semana de gestação.

Como existem diferentes tipos de células, como células-tronco epiteliais e células do sistema imunológico, além de outros materiais, o líquido foi analisado em laboratório. Dessa forma, os cientistas filtraram as células-tronco epiteliais necessárias para a criação dos organoides, que foram transferidas para um novo recipiente, onde cresceram e se multiplicaram por 4 semanas.

Ao final do experimento, os pesquisadores conseguiram desenvolver pequenos rins, pulmões e intestino, emulando os órgãos de fetos. Eles mediam até um milímetro de diâmetro. O estudo foi publicado na revista Nature Medicine

“Miniórgãos podem ajudar na identificação de doenças congênitas no feto (Imagem: Gerli et al., 2024/Nature Medicine)

Técnica inovadora

  • De acordo com os cientistas envolvidos na pesquisa, o processo realizado e mais simples do que as tradicionais técnicas para a criação de organoides.
  • Isso porque não há necessidade de reprogramação ou manipulação das células.
  • Além disso, ele é inovador, uma vez que não existia, até agora, uma forma de criar organoides a partir do material celular de fetos em desenvolvimento.
  • A ideia dos pesquisadores agora é usar os miniórgãos para diagnosticar doenças congênitas.
  • Ainda não há uma previsão de quando a técnica poderá ser utilizada em laboratórios médicos e ficar disponível para a população.
  • Os cientistas afirmam que novos estudos são necessários antes desta etapa.
  • As informações são da Nature.


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