O Bard chegou um pouco atrasado, mas ficou mais avançado e preciso. Ainda mais com o novo modelo multimodal Gemini Pro. Treinado com áudio, imagem e texto ao mesmo tempo, ele resolve até exercício de física anotado em folha de papel. O “contra-ataque” incluiu ainda um arsenal de IA no Google Fotos, Gmail, Meets e Slides.
No entanto, o futuro da empresa pode ser decidido bem longe do mundo da tecnologia. O Google enfrenta o maior processo judicial contra monopólios nos EUA desde o caso Microsoft nos anos 1990. Ele é acusado de competição ilegal por pagar bilhões a empresas como Apple e Samsung para fazerem do Google o motor de busca padrão dos smartphones que fabricam.
A empresa perdeu ainda uma longa briga judicial contra a Epic Games. A criadora do game Fortnite argumentava que o Google faz de sua loja de aplicativos um monopólio. Além de pagar US$ 700 milhões, o Google precisará mudar a Play Store para absorver métodos de pagamentos alternativos e facilitar a instalação de apps de terceiros.
Apple: da ‘iPhonedependência’ ao Vision Pro
Ainda que tenha alcançado em 2023 a marca histórica de US$ 3 trilhões, o que a manteve no posto de empresa mais valiosa do mundo, a Apple luta para se reinventar e emplacar novos produtos de sucesso. A venda de Macs e iPads cai drasticamente ano a ano. Até o iPhone, que sempre vende mais ou menos dentro do esperado, já não é suficiente para manter o ritmo de crescimento em um mercado tão acirrado.
A empresa ousou pouco no iPhone 15, mas apresentou um produto totalmente novo: o Vision Pro, um óculos de realidade mista, pensado para ser um “computador vestível”. Apesar do burburinho, a dúvida é se ele será relevância. O tamanho não ajuda. Ele pode chegar ao mercado já em fevereiro de 2024, por US$ 3.500 (R$ 17.000).