Juliana Didone estrelou e idealizou a peça 60 Dias de Neblina após ler o livro de Rafaela Carvalho. Segundo a atriz, que é mãe de primeira viagem, a obra da escritora causou uma sensação de acolhimento e humanidade. E por conta dos sentimentos despertados ela sentiu necessidade de abordar o assunto nos palcos dos teatros.
– Ela conversava diretamente comigo então eu achei que ia comunicar com outras mulheres também. Ela escrevia coisas que muitas mães estavam passando então eu tinha um feeling de que a gente ia ter um nicho de público que precisava assistir essa peça, disse ao ESTRELANDO.
Na visão de Didone, a sobrecarga mental de uma mãe é algo que faria muitas outras mulheres se identificarem e, de certa forma, se sentirem acolhidas.
– Eu achava que levar os 60 Dias de Neblina para o palco seria uma forma de quase uma catarse coletiva mesmo sabe. É uma terapia em grupo onde podemos rir também um pouco de tudo que a gente passa no dia a dia. Claro que na peça usamos uma lente de aumento para os problemas que a gente vive e tem no dia a dia, então a gente aumenta tudo isso e o resultado é uma uma peça divertida com momentos de reflexões mais profundos, mais emotivos. No mês de janeiro, a atriz volta com a peça na cidade do Rio de Janeiro.
E parece que o tema maternidade está tomando conta da vida e dos planos de Juliana Didone. Questionada sobre outro assunto que ela gostaria de abordar no teatro, ela contou que continuaria no mesmo, mas puxando para o lado de uma mãe atípica.
– Tenho pensado muito nisso, de como falta muita consciência para a população entender o drama dessa mulher. Eu acho que é pouco falado sobre isso, então seria uma forma de promover a inclusão, contou. Ju citou como exemplo uma peça de Charles Fricks, que foi baseada em um livro de Cristovão Tesla e, logo depois virou um filme, O Filho Eterno.
– O Charles fez essa peça falando de um pai que recebeu a notícia que o filho dele ali em 80 e poucos seria a síndrome de Down. Então se hoje a gente fala pouco sobre isso, imagine em 80, muitas vezes não tinha nem diagnóstico para autismo, TDAH e todas as outras doenças. E falar disso é como incluir também através da arte, fazer pensar, refletir e provocar a sociedade nesse lugar. Então eu continuaria um pouco nesse tema maternidade, mas falando de uma maternidade atípica.
Planos de retornar à TV…
Além da peça, Ju abriu o jogo sobre os planos para retornar às telinhas. Aos 39 anos de idade, a atriz garantiu que estão rolando algumas consultas, mas nada muito concreto ainda.
– Estou com planos e desejo de fazer um projeto no audiovisual maneiro, mas com certeza em 2024 vai ter algum projeto bem legal que faça com que eu retorne à TV ou no cinema.
Enquanto isso poderemos acompanhar Ju em um longa e na série de Miguel Falabella:
– No próximo ano eu estreio um longa do Luiz Pinheiro que eu filmei esse ano, que chama Permitidos. E também tem a série da Disney Plus, do Miguel Falabella, que chama O Som, Minha Sílaba. Então já tem esses dois projetos que vão estrear em 2024, mas eu também quero estar filmando ou gravando.