Enquanto o mandatário russo denunciava os riscos que vê chegar desde Ocidente, em Kiev a concentração de tropas e armamento russos na fronteira com a Ucrânia foi vista como um sinal de iminente invasão de seu território. “Há que ser sinceros: não poderemos evitar uma guerra se não iniciarmos negociações diretas com a Rússia”, admitiu Zelensky diante dos legisladores ucranianos.
Crise de refugiados na fronteira entre Bielorrússia e Polônia acende alerta vermelho na Alemanha e na Rússia
Moscou nega rotundamente ter essa intenção e alega que seus movimentos militares são só uma medida preventiva, com o propósito de estar prontos em caso de que se produza nessa zona uma crise migratória similar à da fronteira da Bielorrússia com a Polônia e, por extensão, com a OTAN.
E para pôr mais lenha na fogueira do confronto, o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, em uma entrevista à televisão pública russa reiterou ontem que se a Polônia fechar a fronteira com o seu país, vai fechar os fornecimentos de gás natural para a Europa, mesmo que isso suponha incumprimento de contratos por parte da Rússia, e se fosse pouco, está disposto a pedir a Putin que instale armas nucleares em seu território, inclusive se tiver que renunciar ao status de neutralidade da Bielorrússia e reconhecer a Criméia como parte da Rússia (o que não fez até agora).
Em Riga, a Capital da Letônia, o secretário estadunidense de Estado, Antony Blinken, se atribuiu o direito de falar em nome da aliança norte-atlântica e ameaçou com a imposição de sanções econômicas à Rússia – que, no momento, disse, tem se abstido de aplicar – no caso de que seja lançado um ataque militar contra a Ucrânia.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
Assista na Tv Diálogos do Sul
Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.
A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.
Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como: