Na madrugada da próxima sexta-feira (19), será possível ver do Brasil, pelo menos em parte, o eclipse parcial lunar mais longo dos últimos 580 anos, com uma duração total prevista de 3 horas, 28 minutos e 3 segundos.
Considerado um dos eventos mais aguardados do mês, o eclipse lunar parcial —mas que também pode ser chamado de “quase total”, porque cobrirá 97,4% do disco da Lua em seu auge— será também o último fenômeno desse tipo no ano.
A Lua entrará na sombra externa da Terra às 3h02 (horário de Brasília), com possibilidade de ser vista a olho nu na Austrália, Américas do Norte e do Sul e parte da Ásia e Europa. A visibilidade poderá sofrer influência das condições climáticas, como céu nublado.
No Brasil, a previsão é de que o ponto máximo do eclipse ocorra as 6h02, mas como a Lua já estará abaixo do horizonte, não será possível vê-la. Vai dar para sentir um gosto do ápice do fenômeno as 4h18, que é quando a Lua começa a tomar uma cor mais escura.
No Brasil, o melhor ponto de observação do fenômeno será a região Norte, no estado do Amazonas. Quanto mais ao Sul do País, menos você conseguirá ver.
A longa duração do eclipse tem a ver com a órbita da Lua, que estará perto do seu ponto mais distante da Terra, o chamado “Apogeu”, e também estará se movendo numa velocidade mais baixa. Por isso, o tempo que o satélite passará debaixo da sombra da Terra será maior.
Para observar um eclipse lunar, você não precisa de nenhum equipamento especial. Basta procurar um local isolado —quanto mais longe de fontes artificiais de luz, melhor— e com a vista livre para o horizonte, já que a Lua estará bem “baixa”. Use binóculos ou um telescópio para enxergar melhor o fenômeno em detalhes.