Entretanto, Gianotti já previa que poderiam surgir buracos negros quânticos, microburacos negros “inofensivos e inocentes”.
Se esses minúsculos buracos negros aparecerem, também de acordo com Fabiola Gianotti, “seria muito importante do ponto de vista científico, porque eles indicariam que nosso mundo tem mais dimensões espaciais do que as três que conhecemos”.
Sem crescimento e vida curta
A colisão de partículas altamente energéticas é uma ocorrência comum na natureza sem destruir o planeta. Se as colisões criadas no LHC (por exemplo, entre pares de prótons altamente energéticos) produzissem microburacos negros, eles dificilmente interagiriam com outras partículas e não aumentariam de massa.
Além disso, sua meia-vida seria muito curta, o que faria com que o microburaco negro evaporasse, em vez de crescer: ele se desintegraria rapidamente (de forma não violenta), criando uma série de marcadores nos detectores do Cern que poderiam identificá-los facilmente.
A possibilidade de mais dimensões
A criação de um microburaco negro no LHC confirmaria a existência de múltiplas dimensões, conforme proposto pela Teoria das Cordas. Em outras palavras, seria a prova de que nosso Universo não tem só quatro dimensões (três espaciais, mais uma dimensão temporal), mas abriga dimensões adicionais.