Cochilo, repouso, descanso, soninho… Existem vários nomes e maneiras de dormir, seja uma sonequinha depois do almoço ou uma boa noite de sono, dormir é essencial para nossa saúde. Mas a necessidade de dormir é quase uma unanimidade no mundo natural. Sendo assim, como os animais dormem?
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Biologicamente falando, o sono é um estado de redução da atividade física e mental. Caracterizado por uma redução da resposta a estímulos externos, o sono é essencial para a restauração do corpo. Durante esse processo, ocorrem importantes funções fisiológicas, incluindo consolidação da memória, regulação do metabolismo e reparação celular.
Mas dormir não é um luxo que apenas os humanos possuem. O reino animal apresenta uma variedade incrível de padrões de sono e estratégias e sobrevivência durante os cochilos. Enquanto a maioria das criaturas desfruta de longos períodos de sono em locais confortáveis, alguns adaptaram seus hábitos de descanso para lidar com ameaças constantes ou desafios de mobilidade.
As girafas, são um ótimo exemplo dessas adaptações. Com um período de sono relativamente curto, esses animais dormem por no máximo duas horas por dia, as girafas tiram pequenos cochilos de aproximadamente 20 minutos ao longo do dia, muitas vezes em pé.
Mas essa adaptação não é exclusiva das pescoçudas. Na natureza, cavalos e zebras também compartilham desse hábito. Graças a ligamentos especiais em suas pernas que os mantêm em pé durante o sono, sem gastar excessiva energia.
Esses ligamentos funcionam como um mecanismo de suporte, permitindo que os animais mantenham a posição vertical sem o desgaste excessivo de energia associado a deitar-se. Dormir de pé traz uma grande vantagem evolutiva, pois permite que os animais descansem em posições menos vulneráveis. Dando mais chances de reação no caso de aparecimento de predadores.
Mas nem só de dormir de pé vivem os mamíferos. Os marinhos, como golfinhos e leões marinhos, adotam uma estratégia ainda mais complexa para tirar suas sonecas. Para tal eles se utilizam do chamado “descanso unilateral do cérebro”. Essa abordagem permite que uma parte do cérebro fique ativa enquanto o corpo descansa. Proporcionando o controle da respiração enquanto estão dormindo no fundo do mar.
Mas esse descanso unilateral não é exclusividade dos mamíferos. A capacidade de dormir enquanto o corpo mantém algumas funções tem bastante uso, principalmente para as aves. Afinal proporciona equilíbrio durante o sono. Garantindo que os animais descansem em galhos ou fios, sem cair. Albatrozes e fragatas, que são pássaros migratórios, precisam desenvolver a habilidade de dormir durante o voo.
Pesquisas indicam que as fragatas conseguem cochilar por cerca de cinco segundos de cada vez, totalizando pouco mais de 40 minutos por dia. Além do sono breve, as fragatas empregam uma técnica adicional para maximizar seus períodos de descanso. Ao aproveitar as correntes de ar oceânicas, essas aves conseguem planar, minimizando o gasto energético associado ao deslocamento oceânico durante as longas migrações.
Apesar do mito, tubarões dormem. Esses animais aquáticos possuem momentos de descanso em seus ciclos diários. Ao observar com cuidado seus hábitos de vida fica claro que os tubarões também precisam de períodos de repouso, e o fazem com frequência.
Desprovidos de pálpebras, o seu descanso se traduz em uma aparência aparentemente imóvel, com movimentos suaves e ritmados das nadadeiras. Essa forma de sono, embora menos perceptível em comparação com animais terrestres, é essencial para o equilíbrio fisiológico desses predadores marinhos.