Não quer dizer que elas estavam estagnadas. A pesquisa avançava com o desenvolvimento de novas arquiteturas e modelos, mas sem o lançamento de um grande produto comercial de IA. Algumas semanas antes do lançamento do ChatGPT, a Meta até tentou lançar o Galactica, um chatbot para a área científica. Ficou poucos dias no ar. Assim que a IA começou a dar respostas erradas, a empresa foi massacrada nas redes sociais e aposentou o serviço.
A OpenAI tinha um diferencial por não vir do mesmo lugar das Big Techs. Ela se apresentava como laboratório independente. Poucas pessoas conheciam. Era o tipo de organização que podia se dar ao luxo de arriscar mais porque a régua de julgamento era infinitamente mais baixa. Foi o que fizeram ao lançar ao público o ChatGPT em 30 de novembro de 2022.
Em apenas 5 dias, a plataforma alcançou a impressionante marca de 1 milhão de usuários. A popularidade foi aumentando à medida que as pessoas compartilhavam suas experiências nas redes sociais. Muita gente ficou surpresa com a capacidade do chatbot responder perguntas difíceis ou gerar conteúdo criativo. Até mesmo as respostas erradas ajudavam na divulgação ao virarem memes.
Em janeiro, veio o impulso que a OpenAI precisava. O ChatGPT rompe a bolha da área da tecnologia ao virar assunto na imprensa. Não se falava em outra coisa a não ser do potencial da IA em transformar a sociedade como a conhecemos. Ainda não conhecemos todas as consequências da IA, mas muita coisa mudou no mercado da tecnologia desde o seu lançamento. Separei alguns marcos que acho importante.
Competição acirrada
Com a popularidade do ChatGPT, as Big Techs se viram ameaçadas e tiveram que correr para não ficar para trás. A discussão de ética, segurança e governança, antes atores principais, viraram coadjuvantes. Em alguns casos, viraram dublês de um filme romântico em que nunca entram em cena.