Hollywood lançou uma onda cor-de-rosa pelo mundo em 2023, da moda ao dia a dia. Quem não se deixa impressionar é a eletromagnética: para ela, essa cor é um fake. Mas uma coisa é a ciência, outra é a percepção humana.Pink, choque ou bebê, para aqueles cujo mundo ficou mais rosado em 2023 – em especial devido ao sucesso global do filme Barbie -, a ciência tem uma má notícia: não há, no espectro da luz visível, uma longitude de onda associada aos tons rosados. Ou seja: para a física, o cor-de-rosa não existe.
As cores que o olho humano percebe são resultado das ondas eletromagnéticas que formam a luz visível. Quando a luz branca do sol, que é uma combinação de todas as cores, se decompõe, como num arco-íris, essa gama cromática se revela. De acordo com sua composição físico-química, os objetos refletem certas longitudes de onda, que os olhos captam e o cérebro interpreta como cores.
Ciência para além do visível
O espectro visível engloba uma faixa bem reduzida de frequências: no extremo inferior (ondas de cerca de 700 nanômetros) está o vermelho, no superior de energia (400 nanômetros), o violeta. Os tons de rosado não aparecem em nenhuma parte: os objetos assim percebidos não refletem fótons de uma longitude específica, mas sim uma combinação de vermelho e azul puro, que o cérebro humano interpreta como cor-de-rosa.