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No sábado (9), a LandSpace Technology, uma startup aeroespacial da China, alcançou um marco significativo ao lançar com sucesso seu foguete Zhuque-2 Y-3, transportando três satélites em órbita. Esse evento representa um passo crucial na missão da empresa de testar a viabilidade comercial de seu veículo, que utiliza metano e oxigênio líquido como combustíveis.
O lançamento, ocorrido às 7h39 do horário de Pequim, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, na região da Mongólia Interior da China, demonstrou a confiabilidade do foguete Zhuque-2 para missões comerciais.
O sucesso pode impulsionar a confiança dos investidores no metano como uma opção de combustível para foguetes, visando reduzir custos e promover a eficiência de veículos espaciais reutilizáveis de maneira mais limpa.
Segundo a agência de notícias Reuters, o Zhuque-2 Y-3 é capaz de transportar cargas úteis de até 1,5 tonelada métrica em uma órbita de 500 km, com planos de aumentar essa capacidade para 4 toneladas em versões futuras.
Os três satélites lançados atingiram uma órbita síncrona solar de 460 km, embora detalhes sobre seus tipos e pesos não tenham sido divulgados.
Eles foram desenvolvidos pela startup chinesa Spacety, incluindo tecnologias da empresa Hongqing. Ambas estão envolvidas na formação de uma constelação de satélites de baixa órbita na qual a LandSpace tem participação.
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Com dois lançamentos bem-sucedidos anteriores, a LandSpace reforça a prontidão do Zhuque-2 para lançamentos comerciais, superando rivais dos EUA, como SpaceX e Blue Origin. A empresa planeja aumentar a frequência de lançamentos, visando executar cerca de três em 2024 e dobrar esse número em 2025.
Outras startups chinesas de foguetes, como OrienSpace e Deep Blue Aerospace, também estão avançando em suas iniciativas. O lançamento do foguete de combustível sólido Gravity-1, pela OrienSpace, está programado para dezembro. Enquanto isso, a Deep Blue Aerospace planeja concluir em 2023 o teste de lançamento do foguete reutilizável Nebula-1, movido a querosene.
A conquista da LandSpace contribui para o cenário competitivo em ascensão na indústria espacial comercial chinesa, que busca alternativas ao projeto Starlink, de Elon Musk. O sucesso deste último lançamento reforça a posição da China como um competidor relevante no mercado espacial global.