A startup do casal Pelaez é a Lovel. Cheia de símbolos, ela foi criada em 2020 para agilizar a contratação de profissionais de tecnologia. No nome, a empresa homenageia a pioneira da computação Ada Lovelace (1815-1852). No logotipo, o polvo é uma lembrança do suor do início.
No começo da nossa jornada empreendedora, eu e meu sócio tivemos que ter muitos braços para poder dar conta de tudo. O polvo é um ser adaptável, inteligente e que consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo
Erika Pelaez, CEO da Lovel
Hoje com dez pessoas, a empresa une inteligência artificial com a figura do ‘recrutador tech’. “A gente faz um match perfeito entre ‘hard e soft skills'”, diz a empreendedora.
Outro match perfeito -para além do enlace amoroso- ocorreu entre as habilidades da dupla. Vinda da área dos recursos humanos, ela chegou a ser coordenadora de gestão de pessoas da Sicredi no Ceará. Já ele traz a bagagem tecnológica, com passagem pela Arco Educação, que abriu capital na Nasdaq, e pelo Vale do Silício, na Califórnia.
Eu achava que no Brasil tinha um problema gigantesco de contratação técnica. Mas, nos Estados Unidos, eu tive uma dificuldade muito maior. Quando a gente listou na bolsa, o time foi de 28 para mais de 300 profissionais de tecnologia. Foi aí que nasceu a ideia. Porque isso aqui é uma baita dor de mercado
Paulo Pelaez, diretor de tecnologia da Lovel
Fã de Larry Page, o empreendedor queria trabalhar no Google quando se mudou para os EUA. Ao voltar ao Brasil, trouxe na mala essa frustração. A realização do sonho, ainda que de forma indireta, chegou num momento inusitado, a bordo de um barquinho para seis pessoas. Como assinou um acordo de confidencialidade, precisou manter sigilo.