O boxeador cubano Yoenlis Hernández, campeão no Mundial de Tashkent (Uzbequistão) na categoria até 75 quilos derrotando na final o brasileiro Wanderley Pereira, abandonou a delegação de Cuba durante a viagem de volta ao país, informou nesta terça-feira (16) a federação local.
Em nota, a Federação Cubana de Boxe afirmou que o atleta se recusou a voltar para o país local quando a delegação fazia uma escala no Panamá, e que a decisão de Yoenlis se trata de uma “indisciplina grave”.
No regresso à sua terra natal, com escala no Panamá, o bicampeão mundial recusou-se a continuar a viagem a Havana, o que implica a ruptura com a seleção nacional e com os compromissos competitivos contratados para esta e as próximas épocas.
É uma indisciplina grave e nesses termos informamos os torcedores, certos de que outros saberão ocupar seu lugar no navio-almirante do esporte cubano.
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Hernández, de 25 anos, repetiu em Tashkent o título conquistado há dois anos em Belgrado e recebeu um prêmio de US$ 200 mil (R$ 982 mil, na cotação atual).
Após uma disputa de três assaltos, com três minutos cada, os árbitros, em decisão unanime, por 5 a 0, deram vitória para o boxeador cubano. A medalha de prata para Wanderson ajudou o Brasil a repitir seu melhor desempenho em mundiais.
“Cresci como atleta, incorporando mais recursos e aproveitando a experiência acumulada desde que cheguei à seleção nacional”, declarou Hernández à imprensa local, após a vitória no Uzbequistão.
A grave crise econômica vivida em Cuba provocou nos últimos três anos um êxodo massivo, principalmente de jovens.
No esporte de alto rendimento, o número de emigrantes passa dos 100 e inclui campeões olímpicos e mundiais, como o lutador Ismael Borrero, o canoísta Fernando Dayán, a lançadora de disco Yaimé Pérez e o boxeador Andy Cruz.
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