Diversas pesquisas já mostraram que o feto é capaz de ouvir sons e responder a eles enquanto está no útero da mãe, mas será que ele é mesmo mais propenso a reagir ao som materno do que aos outros. Ele pode distinguir a voz?
A audição humana funciona assim: a vibração, ou ondas sonoras, chega ao tímpano, dentro do sistema auditivo as células o transformam em estímulos elétricos que são levados até o cérebro e decodificados.
Um feto começa a ouvir entre a 20º e 24ª semana de gestação, quando os neurônios vão formando o córtex auditivo, a região responsável por processar o som. A partir desse momento os bebês podem ouvir os órgãos internos da mãe, assim como sua fala.
“O som é uma vibração emitida como corrente elétrica e interpretada pelo cérebro. Se você estive embaixo d’água, vai ouvir o trovão, mas não vai escutar o som do jeito que ele é, porque o som fica melhor [transmitido] pelo ar”, explica o neuropediatra Paulo Breinis, do Hospital São Luiz Jabaquara.
Ou seja, não dá para saber o som exato do que os bebês escutam —provavelmente são estímulos sonoros externos bem mais abafados.
“O bebê escuta pela vibração do líquido amniótico, pela movimentação dele no útero e pelos batimentos cardíacos, mas será que ele escuta só pelo ouvido? Será que a reação que ele tem não vem da vibração pela pele? Essas questões ainda não sabemos”, diz o neuropediatra Luiz Celso Vilanova, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Voz da mãe
O que uma pesquisa publicada pela PNAS em 2015 mostrou é que os primeiros sons da mãe fornecem aos recém-nascidos a aptidão auditiva necessária para moldar o cérebro para a audição e desenvolvimento da linguagem.
Os pesquisadores selecionaram 40 bebês prematuros e pediram às mães de metade das crianças para cantar duas canções em um estúdio e gravaram seus batimentos cardíacos por meio de um estetoscópio conectado a um microfone. Então, removeram os tons de frequência mais alta das gravações e reproduziram o som para metade dos bebês que estavam em incubadoras. As outras crianças receberam cuidados comuns.
Após 30 dias, os pesquisadores compararam as imagens de ultrassom dos cérebros e perceberam que os bebês expostos às vozes de suas mães tinham córtices auditivos significativamente mais espessos do que os outros.
Acredito que a criança reconheça a voz da mãe após o nascimento, por ser formada ali dentro. Esse é o som mais próximo que a acompanha desde o início da vida. Mas, no momento, não é possível quantificar isso.
Paulo Breinis, neuropediatra
Por outro lado, falar com o bebê não parece ser a única forma de interação. Um estudo publicado na revista científica Plos em 2015 mostrou que o feto reagia mais ao toque do que à voz da mãe. Os cientistas perceberam, por ultrassonografias, que os bebês ficavam mais ativos quando as mães acariciavam a barriga, na comparação com ler em voz alta ou apenas deixar as mãos próximas do ventre.
Memória
Desde o final da década de 1980, diversas pesquisas sugerem que os fetos podem aprender dentro do útero. Em 2013, uma pesquisa publicada na PNAS que buscava traços neurais de memórias do útero mostrou que bebês poderiam reconhecer palavras após o nascimento.
As gestantes foram submetidas a uma gravação tocada várias vezes por semanas durante os últimos meses da gravidez. O material incluía uma palavra inventada, repetida muitas vezes e intercalada com a música. Quando os bebês nasceram, os cérebros eram capazes de reconhecer a palavra.
Para os cientistas, isso demonstra que o som repetido cria uma memória que pode ser detectada nas ondas cerebrais.
Veja alguns mitos e verdades sobre gravidez
Barriga redonda é porque o bebê é uma menina, barriga pontuda é menino MITO: não é possível adivinhar o sexo do bebê pelo tamanho ou pelo formato da barriga. O que determina o aspecto da barriga da grávida é sua estrutura corporal, a posição do feto e sua posição em relação à parede abdominal
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Se a mulher teve o primeiro filho por parto cesariana, só poderá ter os outros da mesma forma. MITO: mulheres que tiveram o primeiro filho por cesariana e desejam ter outros podem, sim, ter parto normal. “Basta esperar um intervalo de um ano entre as gestações e ter um trabalho de parto bem acompanhado e monitorizado”, aponta Daniela Gouveia, ginecologista e obstetra da Clínica Vivid-Saúde e Vaidade
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Grávidas precisam comer por dois. MITO: esse é um dos mitos mais frequentes durante a gestação, mas é preciso tomar cuidado para não exagerar no prato. “A gestação requer pelo menos 600 calorias a mais por dia para a formação do bebê, placenta e crescimento do útero. A suplementação vitamínica também é importante, de acordo com a orientação do pré-natalista”, explica Rita de Cássia Sanchez, responsável pela medicina fetal do Hospital Israelita Albert Einstein. A recomendação é que as refeições sejam fracionadas (ou seja, porções menores mais vezes ao dia), com preferência para frutas e verduras, e evitando-se ao máximo frituras e doces
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Há testes para saber se a criança terá alguma doença genética. VERDADE: já existem diversos testes para saber se a criança terá alguma doença genética. Às vezes, é possível corrigir problemas sérios por meio de cirurgias durante a própria gravidez. Alguns testes são realizados em clínicas de fertilidade, antes mesmo de implantar o embrião no útero. “Esses testes podem ser utilizados como uma forma de rastreamento genético pré-implantacional apenas apara mostrar os embriões que têm riscos de alterações genéticas ou podem ser utilizados para o diagnóstico de uma doença específica”, explica Maria Cecília Erthal, diretora-médica do Vida-Centro de Fertilidade da Rede D’Or. O diagnóstico pré-implantacional consiste na retirada de uma célula do embrião em laboratório, no terceiro dia de desenvolvimento. A célula é analisada e o resultado é obtido em poucas horas. O embrião é analisado antes de ser colocado no útero, e o procedimento não afeta o futuro bebê. “Os embriões que não apresentarem alteração genética são implantados no útero, enquanto aqueles em que alguma mutação esteja presente são congelados”, explica o especialista em reprodução humana Arnaldo Schizzi Cambiaghi, do IPGO
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Inchaço em grávidas é sinal de pressão alta. MITO: inchaço em gestantes pode ser causado por outros fatores, como o calor. “Apenas nos inchaços acima do normal, que chamamos de edema e classificamos de grau um a quatro, deve-se ficar atento à pressão, que pode subir em mulheres com predisposição”, explica Daniela Gouveia, ginecologista e obstetra da Clínica Vivid-Saúde e Vaidade
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Grávidas não podem praticar exercícios físicos. MITO: desde que a gravidez não seja de risco, os exercícios sejam leves e o médico libere, as grávidas podem, e devem, se exercitar. Existem várias pesquisas científicas atuais apontando os benefícios da atividade física durante a gestação como diminuição da ansiedade e da depressão, melhora da postura, alívio de dores que aparecem nesse período etc. “A época em que a gestante era aconselhada a seguir a lei do menor esforço ficou no passado. Mas antes, ela deve passar por uma avaliação cuidadosa do seu obstetra e, estando apta, deve ser supervisionada por profissional capacitado. Os exercícios mais indicados são os de baixo impacto e que incentivam o alongamento”, explica o ginecologista Rodrigo Pereira de Freitas, do Hospital Samaritano de São Paulo
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Grávidas não devem tomar banhos muito quentes. PARCIALMENTE VERDADE: grávidas podem tomar banho quente sim, mas devem ter cuidado com a temperatura, que não deve exceder 37,7ºC – 38ºC, e devem evitar saunas e banheiras, pois, além do tempo de exposição ser mais prolongado, as temperaturas são mais altas (em torno de 40º C ou mais). “Como o feto não apresenta mecanismos para resfriamento corporal (suor por exemplo), tais procedimentos podem ser nocivos”, alerta o ginecologista Rodrigo Pereira de Freitas, do Hospital Samaritano de São Paulo. Além disso, banhos muito quentes fazem a pressão abaixar, e como a pressão da gestante já é mais baixa normalmente, pode causar hipotensão
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Grávidas não podem fazer sexo. MITO: gestantes podem, sim, ter uma vida sexual ativa. Só é preciso ter cuidado se o casal quiser se aventurar com posições ou fantasias mais exóticas. “Se for uma gestação sem contraindicações (principalmente no caso do colo uterino curto, trabalho de parto prematuro, placenta baixa etc…), as mulheres grávidas podem fazer sexo do começo ao fim da gravidez (até no dia do parto!)”, diz Daniela Gouveia, ginecologista e obstetra da Clínica VIVID-Saúde e Vaidade
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Ficar em jejum diminui o enjoo. MITO: muito pelo contrário. O enjoo da gravidez geralmente é por causa do jejum prolongado. “O enjoo é normalmente matinal justamente por causa do jejum prolongado durante a noite. Uma dieta fracionada, seca, com pouca gordura, e principalmente evitando as comidas cujo ‘cheiro’ causa o enjoo, irão melhorar o quadro”, aconselha Rita de Cássia Sanchez, responsável pela medicina fetal do Hospital Israelita Albert Einstein
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Gêmeos podem ser filhos de pais diferentes. VERDADE: é uma situação bem rara, e bem complicada também, mas é possível. “Os gêmeos bivitelinos são bebês com cargas genéticas diferentes, resultantes da fertilização de dois óvulos de dois espermatozoides diferentes, não importa a origem deles. Eles apenas ocupam o mesmo útero ao mesmo tempo”, explica Maria Cecília Erthal, diretora-médica do Vida-Centro de Fertilidade da Rede D’Or
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Ingestão de café faz mal para o bebê. MITO: não é preciso parar de tomar café durante a gravidez, mas é aconselhável não abusar da bebida. “O excesso de cafeína (mais do que três xícaras de café ao dia) pode, sim, causar problemas, pois o café é estimulante e pode levar à taquicardia no bebê. Mas isso apenas no caso de grande ingestão de café por muitos dias seguidos”, aponta Daniela Gouveia, ginecologista e obstetra da Clínica Vivid-Saúde e Vaidade
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Grávidas não podem tingir os cabelos. MITO: não existem estudos científicos sobre o uso das tinturas de cabelo durante a gestação. Mas é bom evitar produtos que contenham amônia, formol e chumbo. “É recomendado evitar tingir o cabelo durante os primeiros três meses, fase na qual o feto está em formação. Depois, estão liberadas tinturas leves e tonalizantes, que não contenham chumbo, amônia ou formol”, aponta Rita de Cássia Sanchez, responsável pela medicina fetal do Hospital Israelita Albert Einstein
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Bebidas alcoólicas devem ser evitadas na gravidez. VERDADE: consumir bebidas alcoólicas durante a gravidez aumenta o risco de aborto e também pode levar a anomalias congênitas. Além disso, “o álcool em excesso pode causar a Síndrome Alcóolica Fetal (SAF – conjunto de problemas motores, físicos, mentais e comportamentais, como má formação na face, anormalidades cerebrais, malformações em órgãos como rins, pulmões e coração, dificuldade de aprendizado etc)”, alerta Rita de Cássia Sanchez, responsável pela medicina fetal do Hospital Israelita Albert Einstein. “Permite-se apenas uma taça de vinho ou uma lata de cerveja na semana”, diz
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Deve-se evitar contato com animais de estimação durante a gravidez. MITO: gestantes podem ter seus animais de estimação e muitas vezes eles são uma companhia e uma alívio do estresse nessa fase. Só é preciso ter mais cuidado com a higiene dos bichinhos e não deixar que os animais grandes pulem em cima da barriga ou façam brincadeiras que possam machucar. “Não tem nenhum problema as gestantes conviver com animais vacinados e domésticos. Se não, como fariam as mulheres que têm bichos de estimação e engravidam?”, diz a ginecologista e obstetra Daniela Gouveia, da Clínica Vivid-Saúde e Vaidade
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Grávidas precisam dormir somente do lado esquerdo. MITO: é difícil achar uma posição confortável para dormir durante a gestação, especialmente no finzinho, mas isso não significa que as gestantes devem dormir apenas no lado esquerdo. “Essa recomendação se dá somente a algumas grávidas e apenas no final da gravidez, quando apresentam aumento de pressão ou muito inchaço, pois esta posição ajuda a melhorar o fluxo arterial para o útero”, diz a ginecologista e obstetra Daniela Gouveia, da Clínica Vivid-Saúde e Vaidade
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Pode-se escolher o sexo de uma criança quando se faz tratamento para engravidar. PARCIALMENTE VERDADE: a tecnologia existente permite que se escolha se o bebê será menino ou menina, no entanto, por determinação do CFM (Conselho Federal de Medicina), é proibido escolher o sexo do bebê. “Tecnicamente isso é possível, mas eticamente não. Só é permitido escolher o sexo em casos de identificação de doenças ligadas ao sexo”, aponta o especialista em medicina reprodutiva Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de reprodução humana do IPGO
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Grávidas não podem comer frutos do mar. MITO: médicos recomendam evitar o consumo de frutos do mar durante a gravidez, mas eles não estão proibidos, desde que bem limpos e de boa procedência. “Os frutos do mar são mais alergênicos e devem ser bem lavados e limpos para serem consumidos por gestantes, pois a gravidez pode levar à baixa imunidade e, mais frequentemente, a intoxicações alimentares”,explica a ginecologista e obstetra Daniela Gouveia, da Clínica Vivid-Saúde e Vaidade
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Não se pode fumar durante a gravidez. VERDADE: fumar durante a gestação aumenta o risco de sofrer aborto espontâneo, sangramentos, descolamento e envelhecimento precoce da placenta e parto prematuro, além de causar problemas de saúde congênitos para o bebê. “A nicotina e outros produtos químicos presentes no cigarro causam um comprometimento dos vasos sanguíneos fazendo com que chegue menos oxigênio e nutrientes ao feto. Logo, teremos casos de abortamento espontâneo, partos prematuros, bebês com baixo peso, episódios de sangramento, descolamento e envelhecimento precoce da placenta”, alerta Rodrigo Pereira de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo
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Bebês que nascem com maior peso são mais saudáveis. MITO: bebê muito gordinho não é sinal de saúde, muito pelo contrário: maior peso ao nascer pode ser sinal de algum problema de saúde. “O peso ideal da criança ao nascer é entre 2.500 g a 3.995 g. Bebês acima de 4.000 g possuem maiores chances de ter hipoglicemia e da mãe ter tido diabetes gestacional, além de maiores chances de serem obesos e desenvolverem diabetes”, alerta Daniela Gouveia, ginecologista e obstetra da Clínica Vivid-Saúde e Vaidade
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Quando se engravida com óvulos de doadora, as características da crianças são da receptora. MITO: o que define as características de uma pessoa é sua carga genética, então a criança nascerá com as características da doadora dos óvulos. “Por isso, quando fazemos esse procedimento, tomamos muito cuidado para que a doadora tenha características semelhantes às da receptora, inclusive com compatibilidade de tipo sanguíneo”, diz o especialista em medicina reprodutiva Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de reprodução humana do IPGO. Cambiaghi também aponta que, além da carga genética, o ambiente exerce importante influência sobre as características emocionais e físicas da criança. “As diferenças entre uma criança e outra não dependem só dela ter genes específicos herdados da mãe ou do pai; mas da influência importante dos efeitos do ambiente que determinam como será expresso o código genético. Assim, independente da origem do óvulo, também são fundamentais para formação e desenvolvimento do novo ser os efeitos do ambiente como o útero, a irrigação sanguínea, a nutrição e até mesmo o modo ‘como a futura mãe pensa’ que podem afetar a expressão dos genes do embrião”, explica
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Os seios ficam flácidos após a amamentação. PARCIALMENTE VERDADE: isso depende de cada gestante e de sua genética, ou seja, se a mãe da gestante tem seios flácidos, a segunda tem maior propensão a ter também, independente da amamentação. Porém, o número de gestações também pode influenciar: quanto mais filhos, maior é o risco dos seios ficarem mais flácidos. “Se a mama crescer muito a ponto de esticar demais a pele, quando houver a parada da amamentação e involução das glândulas, teremos mais pele que o necessário, com flacidez da mama, que só voltará com a remoção da pele excedente”, apontam Rita de Cássia Sanchez, responsável pela medicina fetal do Hospital Israelita Albert Einstein, e Sebastião Tomaz Oliveira Jr., cirurgião plástico do Hospital Israelita Albert Einstein
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Deve-se preparar o bico do seio antes de a criança nascer para não sentir dor ao amamentar. VERDADE: o seio deve ser preparado para amamentar, não apenas para não doer, mas também para fortalecer o bico e estimular as glândulas mamárias. O banho de sol é um dos melhores procedimentos para isso, e deve ser tomado de 10 a 15 minutos por dia. Exercícios no bico das mamas também ajudam. Mas não se deve passar bucha vegetal nas aréolas e mamilos (outro mito bem frequente): isso acaba com a camada de gordura natural que se forma nas mamas e serve para protegê-las, tornando-as ainda mais sensíveis. Nem é preciso usar cremes ou pomadas. Se o bico do seio rachar ou começar a doer, é só conversar com seu médico ou pediatra: ele indicará o melhor procedimento
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Grávidas não devem tem contato com gatos. MITO: este é um dos mitos mais propagados e totalmente preconceituoso. Gestantes que têm gatos de estimação podem ficar com os bichinhos. Só é recomendado que se mantenha o bichano em casa, para não trazer sujeira da rua. “Urina e fezes de gatos contaminados podem transmitir toxoplasmose, que causa malformação no bebê. Mas gatos vacinados, domésticos e que não tenham contato com animais de rua, não têm nenhum problema”, explica a ginecologista e obstetra Daniela Gouveia, da Clínica Vivid-Saúde e Vaidade. Lembrando que na hora de limpar as caixas de areia do bichano, o ideal é se usar luvas ou pedir para que outra pessoa o faça, por precaução, pois o mais comum é contrair a doença ingerindo alimentos contaminados
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A lua tem influência na hora do parto. MITO: apesar de ser outro mito muito difundido, não existe nenhuma comprovação científica de que a cheia ou a virada da lua influenciem o parto. O parto se dá quando o bebê e o organismo da mãe estão prontos para o nascimento
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Todo filho de mulheres portadoras do HIV também terá o vírus. MITO: bebês que nascem de mães com HIV têm até 30% de chance de serem infectadas caso não sejam tomadas as medidas de prevenção necessárias. Quando as medidas são seguidas corretamente, a possibilidade cai para 0,5%. “Hoje é possível uma mulher com HIV planejar uma gravidez e ter uma família. Se ela estiver fazendo o tratamento corretamente e com um pré-natal adequado, a chance de infectar o bebê é muito baixa”, garante o médico infectologista e imunologista Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e coordenador do comitê de retroviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)
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Mães com DST podem transmitir a doença para seus filhos. VERDADE: a mulher grávida pode transmitir para o seu filho várias doenças sexualmente transmissíveis (DST). O HIV, vírus da Aids, e o treponema, agente da sífilis, podem infectar o feto ainda no interior do útero. A gonorreia, a clamídia e o herpes podem ser transmitidos para o bebê no nascimento, no momento de sua passagem pelo canal do parto. O HIV também pode ser transmitido ao bebê através da amamentação. Existe a possibilidade do HPV ser transmitido para o feto ou recém-nascido e causar verrugas na laringe do recém-nascido e/ou verrugas na genitália. O risco parece ser maior nos casos de lesões como as verrugas genitais, mesmo nestes casos o risco de ocorrer este tipo de transmissão é baixo.”Em função disto, no início do acompanhamento pré-natal, são solicitados vários exames, dentre eles as sorologias, pois algumas DSTs podem e devem ser tratadas para minimizar as chances de transmissão fetal”, afirma Rodrigo de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo. Se não tratadas, essas doenças podem ter consequências graves para a mãe (parto prematuro, ruptura prematura da placenta, doença inflamatória pélvica, hepatite crônica, entre outras) e também para o bebê (além de poder se contaminar com a doença da mãe, o bebê pode desenvolver conjuntivite, pneumonia, infecções, cegueira, surdez, meningite, baixo peso ao nascer e pode até mesmo levar a morte)
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Mulheres ficam mais sensíveis durante a gravidez. VERDADE: durante a gestação, o nível de alguns hormônios, como o estrogênio e a progesterona, podem aumentar até 30 vezes. Isso pode fazer com que as futuras mamães fiquem mais sensíveis e suscetíveis a mudanças de humor, especialmente nas primeiras semanas da gravidez. Mas os hormônios não são os únicos culpados: os especialistas afirmam há um fator psicológico muito importante, afinal a gestação é uma época linda, mas também cheia de preocupações e medos. E isso também vai influenciar o humor da mulher
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Azeite de oliva ajudar a evitar estrias durante a gravidez . MITO: azeite de oliva não evita as estrias. O ideal é usar um hidrante especial para a pele e evitar o ganho rápido de peso. “As estrias na gravidez possuem um componente genético e um de estiramento rápido das fibras colágenas. Se o ganho de peso for muito rápido, as fibras arrebentam e surgem as estrias”, afirmam Rita de Cássia Sanchez, responsável pela medicina fetal do Hospital Israelita Albert Einstein, e Sebastião Tomaz Oliveira Jr., cirurgião plástico do Hospital Israelita Albert Einstein
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