Avião elétrico da Rolls-Royce bate recorde de velocidade

A Rolls-Royce está animada com os resultados dos últimos testes realizados neste mês com seu novo avião elétrico, o “Spirit of Innovation”. De acordo com informações oficiais divulgadas pela empresa britânica, a aeronave atingiu 623 km/h, o que faria dela o veículo 100% elétrico mais rápido do mundo. A confirmação da marca será feita pela FAI (Federação Aeronáutica Internacional), assim que ela avaliar os dados já enviados pela empresa.

Além da velocidade máxima, a fabricante quer o reconhecimento de outros dois recordes. O comunicado diz que o avião também alcançou a altitude de 3 mil metros em 202 segundos e percorreu um trecho de 3 km na velocidade de 555,9 km/h, superando as marcas atuais de aviões elétricos nas mesmas situações.

“Reivindicar o recorde mundial de velocidade para um veículo 100% elétrico é uma conquista fantástica. A bateria avançada e a tecnologia de propulsão desenvolvidas para este programa têm aplicações interessantes para o mercado de Mobilidade Aérea Avançada. Seguindo o foco do mundo na necessidade de ação na COP26, este é outro marco que ajudará a tornar o ‘jato zero’ uma realidade e apoiará nossas ambições de fornecer os avanços tecnológicos que a sociedade precisa para descarbonizar o transporte aéreo, terrestre e marítimo”, comentou Warren East, CEO da Rolls-Royce, em entrevista ao site oficial da empresa.

Com os resultados obtidos nos testes deste mês, realizados no Boscombe Down, espaço do Ministério da Defesa do Reino Unido, há até uma expectativa de que os números melhorem ainda mais. Isso porque o voo inaugural do “Spirit of Innovation” foi apenas dois meses atrás, em setembro.

Com 543 cv de potência, três motores elétricos auxiliares e 6.480 células de bateria, o avião tem espaço apenas para uma pessoa, por isso ainda há desafios na composição desse tipo de veículo. De todo modo, o projeto promete modificar a relação entre transporte aéreo e meio ambiente.

Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), os aviões correspondem a 2% da emissão mundial de carbono, o que pode aumentar, pois se estima que até 2037 o número de passageiros aéreos ultrapasse os oito milhões.


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