O Natal de 2021 ficou marcado pelo lançamento do Telescópio Espacial James Webb (em inglês James Webb Space Telescope, ou simplesmente JWST), considerado o mais ambicioso empreendimento para investigar galáxias e estrelas no universo.
Agora, dois anos mais tarde, confira algumas descobertas do telescópio que mudaram nossa compreensão do espaço em 2023.
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Um novo olhar do nosso sistema solar
Embora o objetivo do JWST seja observar as primeiras estrelas e galáxias do universo, a sua nova visão do nosso próprio sistema solar tem sido deslumbrante.
A imagem acima, de outubro, revelou uma corrente de jato de alta velocidade em Júpiter antes invisível, com quase 5 mil quilômetros de largura e viajando a impressionantes 515 km/h.
Exoplaneta próximo com suporte à vida
Em setembro, o JWST também descobriu metano e dióxido de carbono na atmosfera de um exoplaneta bastante próximo chamado K2-18 b, que orbita uma estrela fria a 120 anos-luz da Terra e é maior que o nosso planeta.
Observações anteriores com o Telescópio Espacial Hubble indicam que o K2-18 b pode ser um exoplaneta que hospeda atmosferas espessas e ricas em hidrogênio com oceanos de água líquida. As recentes com o JWST apoiam essa hipótese, uma vez que os novos dados mostram evidências de metano e dióxido de carbono abundantes.
Descoberta inesperada de pequeno asteroide
Em fevereiro, cientistas ficaram entusiasmados com a descoberta inesperada do JWST de um pequeno asteroide embutido no principal cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
A rocha espacial pode ser um remanescente da formação do sistema solar e, portanto, contém uma história tentadora sobre a sua evolução.
Galáxias massivas e misteriosas
No mesmo mês, cientistas anunciaram a descoberta de galáxias tão massivas quanto a Via Láctea com imagens do universo registradas pelo JWST.
Segundo teorias e estudos existentes, as galáxias encontradas são grandes e as estrelas vermelhas nelas muito antigas (apenas 500 milhões a 700 milhões anos após o Big Bang): “Isso questiona todo o quadro da formação inicial de galáxias”, disse o co-autor do estudo Joel Leja, astrônomo da Penn State, em um comunicado.
Buracos negros supermassivos
Este ano, o JWST também auxiliou os astrônomos a observar a luz estelar de duas galáxias primitivas, onde pensam que surgiu um dos primeiros buracos negros supermassivos.
O JWST observou as galáxias tal como eram quando o Universo tinha menos de mil milhões de anos, mostrando como, ao longo do tempo, os buracos negros ganham massas insondáveis — muitas vezes milhões ou milhares de milhões de vezes a do Sol, por exemplo.