Apple corre contra o tempo para salvar negócio de smartwatches

A Apple montou uma verdadeira força-tarefa para reverter a decisão que suspende a venda de smartwatches nos Estados Unidos. A empresa está realizando correções de software e buscando outras possíveis soluções alternativas nos Apple Watches para salvar o negócio de US$ 17 bilhões, mais de R|$ 80 bilhões. No entanto, recebeu uma notícia negativa nas últimas horas.

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Entenda o caso

  • A proibição de venda dos produtos foi determinada pela Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (ITC) e entra em vigor a partir do dia 25 de dezembro.
  • As autoridades norte-americanas constataram que os Apple Watches violam patentes da empresa de tecnologia médica Masimo.
  • A empresa tentou recorrer, o que permitiria que ela continuasse vendendo os dispositivos até um julgamento final sobre o caso.
  • No entanto, a Comissão de Comércio Internacional negou o pedido.
  • Por isso, a Apple está correndo contra o tempo para fazer alterações nos algoritmos que medem o nível de oxigênio no sangue do usuário, entre outras modificações.
  • O objetivo é conseguir a liberação para retomar o quanto antes a venda dos produtos, uma das maiores fontes de lucro da companhia.
  • As informações são da Folha de São Paulo.
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Apple Watch (Imagem: Hadrian / Shutterstock.com)

O plano da Apple

Outros produtos da fabricante do iPhone já foram proibidos em alguns países devido a disputas legais. No entanto, esse é considerado um esforço de engenharia de alto risco, diferente de qualquer outro que a Apple tenha realizado antes.

A empresa poderia chegar a um acordo com a Masimo, embora esse seja um caminho que normalmente a companhia prefere não seguir. Por enquanto, a Apple está focada em modificar sua tecnologia e tentar conquistar a aprovação de reguladores o quanto antes.

O problema é que isso leva tempo. A empresa precisa assegurar, por exemplo, que quaisquer alterações não prejudiquem outros recursos do smartwatch. Os ajustes também podem necessitar de testes adicionais devido à sua finalidade médica. Isso sem contar o tempo que as autoridades levarão para aprovar as mudanças.

Por outro lado, se a proibição for mantida, a empresa trabalha em uma série de opções legais e técnicas. E já começou a preparar as lojas para a mudança, enviando novos cartazes aos seus pontos de venda que promovem o Apple Watch sem mostrar fotos da Série 9 e Ultra 2 –dois modelos que são alvo da proibição. O relógio SE de baixo custo da empresa ainda estará disponível.

A última esperança da Apple para impedir que a venda seja oficialmente suspensa é que o presidente Joe Biden vete a proibição. No entanto, ele não deu nenhuma indicação de que pode adotar essa medida.

Em comunicado, a Masimo disse que a decisão de proibir os modelos Apple Watch “demonstra que mesmo a empresa mais poderosa do mundo deve cumprir a lei”. E que uma correção apenas de software não seria suficiente, precisando também de uma modificação no hardware.


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