A segunda temporada de Casamento às Cegas deu o que falar! Não tanto pelos casais formados ao longo do reality, mas sim por aquela dupla de participantes que ficou no quase: Paulo e Amanda.
Caso você não tenha visto o programa, os dois se conheceram nas cabines e logo se apaixonaram. Entrando na dinâmica do jogo, eles decidiram se casar antes mesmo de se conhecerem pessoalmente. Acontece que, ao encontrar Amanda, Paulo teve uma reação inesperada e decidiu não seguir no programa. Assim que o episódio foi ao ar, muitos internautas consideraram que o participante havia sido gordofóbico.
Em um bate-papo com o ESTRELANDO, Amanda contou detalhes dos bastidores do programa e a sua reação ao descobrir que Paulo havia cancelado o casamento.
O que te fez querer participar do Casamento às Cegas 2?
– Por vários motivos. Primeiro, porque o meu trabalho já é sobre o corpo política. Então ocupar espaços que ninguém ocupou. E eu não vi em um reality desse tipo alguém como eu. Segundo porque eu já vivo relacionamentos às cegas. Eu sou uma mulher solteira, que se relaciona por aplicativo e a aparência ela é irrelevante pra mim já, nos meus relacionamentos. Minhas amigas sempre falam: você tem que ligar se o cara é bonito ou não é bonito. Mas isso nunca foi um fator determinante para eu me relacionar com alguém.
Como foram as suas experiências nas cabines? Você gostou do Paulo desde o começo?
– Ele foi o cara que eu mais gostei. Os primeiros dias são de conversa, as vezes são várias horas conversando só com aquela voz. Você vai falando coisas da sua vida, coisas que você gosta, é bem intenso. As vezes são muitas horas com a mesma pessoa. É um experiência à flor da pele. Todos os sentidos vem à tona. A gente se apaixona pela história que a pessoa conta. A gente fica intensamente vivendo aquilo, a gente não pensa em boleto, família, em nada fora do experimento.
Vocês têm alguma restrição de assunto? Por exemplo, durante a conversa pode escapar algum detalhe sobre a aparência física?
– É amor às cegas mesmo, a gente não pode falar da aparência. Absolumetamente nada. Se tem um assunto proibido é só esse – aparência. Até porque perde o total sentido do experimento, né?
Como foi o encontro com o Paulo?
– Era um coisa que eu pensava durante o experimento todo. Não era uma insegurança com o meu corpo, ou com a minha crença. Era uma insegurança com o quão desconstruído o outro lado era. Porque aqui, vivendo a vida real aqui fora, isso já acontece. Mesmo que você coloque foto em aplicativos. Eu não tenho a menor intenção em parecer o que eu não sou. A gente sabe que quando a outra pessoa te encontra ela se preocupa muito mais com a opinião das pessoas aqui fora. Essa descontrução é mais complexa, principalmente para o público masculino. Então eu pensava, eu to apaixonada e a chance de eu me decepcionar é muito grande. Porque eu não sei realmente se ele estava esperando um corpo fora do padrão. E aí veio a constatação de que não, ele não tava pronto para isso. Não sei se um dia vai estar, mas isso independente de mim. Eu não posso fazer nada pelo outro lado. São expectativas dele, o que ela aprendeu a gostar como belo.
Quando vocês se encontraram você percebeu de cara o sentimento dele?
– Eu percebi. E quis ver como ele continuava reagindo. Não tem como não perceber. Você está com outra pessoa na sua frente, você sabe, você tem um feeling. Se a pessoa está confortável, se ela está assustada.
Vocês tiveram a chance de conversar nos bastidores do programa?
– Depois que os casais se conhecem, cada um vai para o seu depoimento. Então a gente dá as nossas impressões, sensações sobre o que rolou. Então ali ele já deu o depoimento dele e desistiu. Me informaram do posicionamento dele e foi isso, nunca mais o vi. Também não precisava de outra vez, né?
Depois que os primeiros episódios saíram, a participante Bruna chegou a fazer acusações dizendo que a edição do programa havia manipulado algumas cenas. Isso foi uma impressão sua também?
– Não, pra mim foi tudo bem real. Acho que assim, se eles colocarem todas as nossas horas de convivência, vai ficar um reality de um ano. Então precisa sim de edição. Mas não teve manipulação. A gente se apaixonou pela mesma pessoa, as conexões foram se afunilando. A gente se relacionou ao mesmo tempo. E ele continuou nosso caminho juntos, eu e ele, até que chegou no momento que a gente se conheceu. Eu tenho muito respeito pela edição, acho que eles trataram com muita fidelidade o que aconteceu. E pra mim foi tudo tranquilo. Não senti absolutamente nenhuma ponta de manipulação.