A AGU (Advocacia-Geral da União) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) hoje uma manifestação na qual defende a validade do depoimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Polícia Federal. A oitiva de Bolsonaro é questionada pela defesa do ex-juiz Sergio Moro (Podemos).
Moro alega que foi “impróprio” o presidente ter sido ouvido sem a presença dos advogados do ex-ministro da Justiça, uma vez que foi ele quem fez a denúncia de interferência na Polícia Federal, pela qual Bolsonaro é investigado.
A AGU alega que a reclamação da defesa de Moro não é válida porque se trata apenas de um procedimento administrativo e, portanto, não há partes envolvidas, apenas o trabalho de investigação da PF.
A manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes é assinada pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, pelo seu adjunto, Bruno Luiz Dantas de Araújo Rosa e pelo secretário adjunto de Contencioso, Adriano Martins de Paiva.
“Por derradeiro e não menos importante, observe-se que não houve participação de representantes da defesa do Senhor Presidente da República na oitiva realizada pela PF do Senhor SERGIO MORO, de modo que sequer pode ser invocada quebra de paridade de armas (outro argumento que, frise-se, não seria pertinente na fase investigativa)”, diz o texto.