Você já se perguntou até que ponto as histórias de filmes “baseados em fatos reais” são realmente fiéis aos acontecimentos da vida real?
A verdade é que muitos filmes baseados em crimes verdadeiros acrescentam elementos fictícios para aumentar o drama e atração do público, mas isso não diminui o fascínio pelos casos reais que inspiraram essas obras. Neste artigo, vamos explorar três exemplos de filmes que têm fortes conexões com crimes reais e mostraremos como as histórias verdadeiras são tão impressionantes quanto – ou até mais que – as versões cinematográficas.
Qual é a história por trás do filme “O Fugitivo”?
Inspirado na série de mesmo título, o filme “O Fugitivo” (1993) apresenta Harrison Ford como Dr. Richard Kimble, um homem viúvo tentando limpar seu nome após ser acusado injustamente do assassinato de sua esposa. No entanto, algo muito semelhante ocorreu na vida real, com o caso chocante de Sam Sheppard. Sheppard, um médico americano, foi julgado, condenado e posteriormente exonerado pela morte de sua esposa, Marilyn.
Embora os criadores do programa original afirmem que a história não foi baseada no caso de Sheppard, é difícil ignorar as semelhanças entre os dois. O assassinato de Marilyn Sheppard nunca foi resolvido, e o caso continua atraindo especulações e teorias até hoje.
Como o assassino Ed Gein inspirou o filme “O Silêncio dos Inocentes”?
Ed Gein, um dos assassinos e ladrões de túmulos mais notórios do século XX, foi condenado pelo homicídio de duas pessoas e tinha o bizarro hábito de desenterrar túmulos e usar restos humanos como decoração em sua casa. Essa história macabra serviu como inspiração para o personagem Buffalo Bill no filme “O Silêncio dos Inocentes” (1991).
Assim como Gein, Buffalo Bill é um psicopata que mata suas vítimas e utiliza a pele delas para criar um traje feminino. Na vida real, Gein também fazia roupas com partes de corpos humanos, e chegou a usar restos mortais para fabricar objetos de uso doméstico. Ambas as histórias são exemplos de como a realidade pode ser, por vezes, mais aterrorizante do que a ficção.
O vilão Coringa foi inspirado por um assassino em série real?
O personagem de Coringa, um dos vilões mais icônicos do mundo dos quadrinhos e do cinema, teve várias encarnações ao longo dos anos. No filme “Coringa” (2019), o protagonista Arthur Fleck é apresentado como uma representação mais realista e sombria do vilão. Uma das características marcantes de Fleck é a maquiagem do personagem, inspirada pelo alter-ego de um dos assassinos em série mais infames dos EUA, John Wayne Gacy.
Conhecido como “Palhaço Assassino”, Gacy foi condenado por torturar, estuprar e assassinar ao menos 33 adolescentes entre 1972 e 1978. A semelhança entre a maquiagem do Coringa neste filme e o visual de Gacy adiciona um toque ainda mais perturbador à história de Arthur Fleck.
Em conclusão, a verdade por trás dos filmes baseados em crimes reais pode ser ainda mais fascinante e aterrorizante do que as próprias produções cinematográficas. A vida inspira a arte, e às vezes, as histórias verídicas que servem de base para os roteiros são capazes de provocar calafrios tão intensos quanto as ficções criadas para o cinema.
