Com o aumento dos casos de dengue em diversas regiões do país, a questão da acessibilidade aos repelentes e sua eficácia têm sido temas de discussão entre especialistas e autoridades de saúde.
Enquanto alguns municípios, como Maricá, adotam a distribuição gratuita de protetor solar como uma forma de prevenção a doenças causadas pela exposição contínua ao Sol, a questão do fornecimento de repelentes ainda é incipiente.
Na prática, isso acaba levantando debates sobre sua inclusão nos serviços de saúde pública, como o Sistema Único de Saúde (SUS). Afinal, neste caso, seria dever das prefeituras fazer a distribuição gratuita dos repelentes.
Isso seria até mesmo um investimento se pensarmos no custo público do cuidado com a saúde de uma pessoa com dengue. Além disso, é importante lembrar que a dengue ainda mata.
Em vista da falta de acessibilidade aos repelentes ou até mesmo por uma questão de estilo de vida, muitos recorrem a métodos naturais, como, por exemplo, as velas de citronela.
No entanto, essa tentativa de afastar os mosquitos transmissores da dengue com o uso de métodos naturais não é recomendada por especialistas, pois eles alertam que essas medidas podem não ser tão eficazes quanto se imagina.
Nesse contexto, é importante compreender quais métodos e substâncias são verdadeiramente eficazes contra o mosquito Aedes aegypti.
Qual é o repelente ideal contra mosquito da dengue?
Os repelentes precisam de algumas substâncias específicas para combater a dengue – Imagem: Reprodução
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), três substâncias presentes em repelentes são recomendadas para o combate à dengue: DEET (com duração de até 2 horas), IR3535 (também com duração de até 2 horas) e Icaridina (com duração de até 10 horas).
Além disso, os especialistas ressaltam a importância de aplicar o repelente nos horários estratégicos, como pela manhã, quando os insetos estão mais ativos.
Outra dica relevante é aplicar o repelente sempre depois do filtro solar, formando uma barreira protetora eficaz contra as picadas de mosquito.
No caso de bebês, a orientação é cuidadosa: recomenda-se o uso de mosquiteiros para os menores de 6 meses e, entre 7 meses e 2 anos, a aplicação de repelentes específicos para essa faixa etária, conhecidos como ‘leves’.