Dinheiro virtual é “ficção”, diz Take-Two em processo sobre microtransações

A Take-Two Interactive, dona da série NBA 2K de jogos de basquete e várias outras franquias de sucesso, apresentou a sua defesa nos tribunais contra um recente processo. A marca é acusada de práticas “roubar” jogadores a partir de abusivas e irregulares envolvendo microtransações nesses títulos.

A argumentação dos advogados da Take-Two foi baseada na ideia de que moedas virtuais são “ficção”, por mais que tenham sido compradas com dinheiro de verdade anteriormente. A empresa está tentando fazer com que a ação judicial seja descartada sem a necessidade de um julgamento.

No texto, a companhia diz ainda que essas moedas “não são de propriedade do requerente”. Isso significa que ela é a verdadeira dona dos itens digitais, não as pessoas que fizeram a compra e entraram com o processo. Esse tipo de debate foi recentemente levantado também por executivos da Ubisoft.

Relembre o processo contra a Take-Two

A ação judicial foi aberta em um tribunal do estado norte-americano da Califórnia por uma mãe e o seu filho menor idade. Eles se consideram prejudicados pela companhia por causa da compra de dinheiro virtual não apenas em um jogo específico, mas pela impossibilidade de transferir os fundos de uma geração para outra dos títulos.

Atualmente, quem tem fundos a serem gastos em itens cosméticos do NBA 2K23 e gostaria de migrá-los para a versão mais recente do jogo, que é o NBA 2K24, não pode fazer isso.

A Take-Two defende ainda que os próprios jogadores já estavam cientes de todas as regras envolvendo itens virtuais, já que concordam com todos os termos de serviço antes de iniciar o jogo pela primeira vez.

“Em vez disso, moedas virtuais são ficções criadas pelas distribuidoras dos jogos e estão sujeitas aos termos de serviço delas e dos contratos feitos com o usuário“, diz o texto. Por enquanto, o tribunal ainda não tomou uma decisão sobre o andamento ou não do processo.

Fonte: Game File