golpista simula reunião e rouba US$ 25 milhões de empresa

Um novo golpe de deepfake vitimou um funcionário do setor financeiro de uma multinacional, revelou a polícia de Hong Kong em uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (02). O homem foi levado a participar de uma reunião com funcionários que já conhecia e fez uma transferência de US$ 25 milhões, mas tratava-se de criações falsas.

Leia mais:

Golpe deepfake

  • O funcionário recebeu uma mensagem do suposto diretor financeiro da empresa solicitando uma transferência secreta.
  • Ele desconfiou que seria um e-mail de phishing, mas se sentiu mais confiante depois que ingressou em uma reunião com outros empregados que já conhecia.
  • O superintendente sênior da polícia, Barão Chan Shun-ching, disse à emissora pública da cidade RTHK que o funcionário acreditou que a reunião fosse verdadeira porque as pessoas se pareciam e falavam como os colegas reais.
  • Então, concordou em fazer uma transferência de 200 milhões de dólares de Hong Kong, cerca de US$ 25,6 milhões.
  • Segundo a CNN, o golpe só foi descoberto quando o funcionário viajou para a sede da empresa, no Reino Unido.
(Imagem: Reprodução/Kapersky)

Outros casos

O caso não é isolado: vários outros episódios de golpistas usando deepfakes para modificar áudio e vídeos e aplicar golpes vieram à tona desde a popularização da IA.

A polícia de Hong Kong afirmou na coletiva que já fez seis prisões relacionadas a esse tipo de fraude e oito registros de identidade perdidos pelos donos foram usados para fazer 90 pedidos de empréstimo e 54 registros de novas contas bancárias entre julho e setembro de 2023.

O episódio não só escancara a facilidade dos golpistas de enganar vítimas com imagens realistas, mas como há uma preocupação generalizada com esse tipo de conteúdo. No entanto, plataformas sociais ainda têm dificuldade em freá-las.

Um exemplo recente é o caso de Taylor Swift: imagens pornográficas geradas artificialmente viralizaram nas redes sociais e, apesar do X (antigo Twitter) ter apagado as publicações, só o fez depois de denúncias. Ainda assim, as imagens continuaram se espalhando.


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