Telescópio James Webb capta 19 galáxias com resolução inédita

As galáxias são identificadas por códigos. A mais próxima, dentre essas 19 retratadas, é a NGC5068, situada a cerca de 15 milhões de anos-luz da Terra. A mais distante delas é a NGC1365, a aproximadamente 60 milhões de anos-luz. Um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros, distância que a luz percorre ao longo de um ano.

“As novas imagens de Webb são extraordinárias”, disse Janice Lee, cientista de projetos para iniciativas estratégicas no Space Telescope Science Institute, em Baltimore. “Eles são alucinantes mesmo para pesquisadores que estudam essas mesmas galáxias há décadas. Filamentos são retratados nas menores escalas já observadas e contam uma história sobre o ciclo de formação estelar.”

A NIRCam (câmera quase infravermelha) do telescópio capturou imagens de milhões de estrelas, que brilham em tons de azul. Algumas estão espalhadas pelos braços espirais, outras estão agrupadas em aglomerados de estrelas.

Os dados do Instrumento de Infravermelho Médio do telescópio destacam poeira brilhante, mostrando onde ela existe ao redor e entre as estrelas. Também destaca estrelas que ainda não se formaram completamente – estão envoltas no gás e na poeira que alimentam o seu crescimento.

“É aqui que podemos encontrar as estrelas mais novas e mais massivas das galáxias”, disse Erik Rosolowsky, professor de física na Universidade de Alberta, em Edmonton, Canadá.

Outra coisa que surpreendeu os astrônomos foram as grandes conchas esféricas visualizadas em meio ao gás e à poeira. “(Esses espaços) Podem ter sido criados por uma ou mais estrelas que explodiram, abrindo buracos gigantes no material interestelar”, afirmou Adam Leroy, professor de astronomia na Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.


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