Há uma semana, conforme noticiado pelo Olhar Digital, duas manchas solares explodiram ao mesmo tempo e com a mesma força – a AR3559 e a AR3561. Esta última, acabou desencadeando um surto de erupções no decorrer dos dias, que prometia “chicotear” a Terra com tempestades geomagnéticas até sexta-feira (26).
Frustrando as expectativas de observadores de auroras, que viam nas previsões a possibilidade de testemunhar e registrar o show de luzes do norte até o final da semana, tudo não passou de um “alarme falso”. Nenhuma tempestade geomagnética foi detectada.
Esta semana, a protagonista é a mancha companheira, AR3559. Depois de disparar uma explosão M6.8 na segunda-feira (29) – que ocasionou uma tempestade de radiação nível S1 na Terra – essa região se tornou hiperativa, liberando uma série de erupções desde então.
“Chuva coronal” sobre a Terra
Devido à sua posição na borda noroeste do Sol (sob o ponto de vista da Terra), os jatos energéticos disparados por essa mancha solar, acompanhados de “cusparadas” de plasma condensado, formam uma espécie de “chuva coronal”.
Em consequência disso, uma tempestade geomagnética de classe G1 – considerada fraca em uma escala que vai de G1 a G5 – deve atingir os polos norte e sul do globo na noite desta quarta-feira (31).
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Ou seja: localidades em latitudes mais extremas podem esperar por auroras. Eventos desse nível também podem provocar oscilações fracas em sistemas elétricos e impactos leves em operações de satélites, além de afetar o comportamento de animais migratórios.
Sobre a tempestade de radiação, a informação da plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com é de que ela está diminuindo. Agora, é um evento menor da classe S1, que não representa nenhuma ameaça para astronautas ou tripulantes de aviões.
Apenas as regiões polares da Terra estão sentindo um efeito persistente do episódio. As transmissões de rádio de ondas curtas dentro dos Círculos Ártico e Antártico continuam sofrendo interferências.