o plano da Meta para ter uma “super IA”

No último ano, a Meta entrou na corrida das inteligências artificiais lançando seu principal modelo de linguagem ampla (LLM), o Llama 2, e outras ferramentas de IA para geração de vídeos, imagens e até criação de músicas. Agora, a big tech das redes sociais quer se juntar à corrida por uma inteligência artificial geral (AGI), sistemas com capacidades de raciocínio superiores às de humanos.

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O que você precisa saber:

  • Em entrevista ao The Verge, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, revelou a intenção da empresa em concorrer com o Google e OpenAI na criação de uma IA geral. Além disso, o executivo disse que a big tech já trabalha no Llama 3, seu novo LLM.
  • Ainda não há um prazo para a criação desse modelo, mas a empresa está realizando algumas mudanças para desenvolver essa tecnologia. Recentemente, o grupo de pesquisa de IA da Meta foi transferido para a equipe responsável por produtos de IA generativa da companhia.
  • Segundo o CEO, o foco recente na AGI foi influenciado pelo lançamento do Llama 2 no ano passado, que ele avalia ter se demonstrado como uma ferramenta importante para construir IAs mais inteligentes.
  • Atualmente a Meta está trabalhando no Llama 3, que assim como o Gemini, do Google, será focado em habilidades avançadas de raciocínio e planejamento, e terá recursos de geração de código.

O Llama 2 não era um modelo líder do setor, mas era o melhor modelo de código aberto. Com o Llama 3 e além, nossa ambição é construir coisas que estejam em estágios avançados e, eventualmente, sejam os modelos líderes do setor.

Mark Zuckerberg ao The Verge.

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(Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Zuckerberg também relatou que a empresa está investindo na infraestrutura necessária para treinar e executar grandes modelos de IA. Segundo o executivo, até o final de 2024, a Meta terá mais de 340.000 GPUs H100 da Nvidia, o principal chip utilizado no desenvolvimento de inteligência artificial generativa.

Uma pesquisa da Omdia Research mostra que Meta e Microsoft adquiriram cerca de 150 mil GPUS H100 em 2023. No levantamento, Google e Amazon vêm logo na sequência, tendo comprado em torno de 50 mil chips da Nvidia.

Ao The Verge, Zuckerberg disse que vê a IA generativa desempenhando um papel crítico nos produtos de hardware da Meta e lembrou que a empresa segue concentrada no metaverso e na Reality Labs — unidade de negócios e pesquisa voltada para realidade virtual e realidade aumentada. 

Vale lembrar que os óculos Ray-Ban da Meta tiveram a adição de uma assistente de IA no mês passado.

Durante o Fórum Econômico Mundial realizado nessa semana, o vice-presidente e chefe de IA da Meta, Yann LeCun, disse que vê um futuro onde os sistemas de IA serão “mais inteligente que os humanos em todas as áreas”, como destacou a agência de notícias Lusa:

Os humanos têm um tipo de inteligência muito especializado, somos bons em certas coisas e péssimos em outras. Não há dúvida de que as máquinas serão mais inteligentes que os humanos.

Yann LeCun, chefe de IA da Meta durante o Fórum Econômico Mundial.

No entanto, o executivo lembra que esses sistemas ainda estão longe de alcançar a inteligência humana. Para ele, quando esse futuro chegar, a ideia não é substituir os humanos, mas sim “construir sistemas de IA que ajudem os humanos nas suas tarefas”.

Existe a ideia de que num futuro não muito distante faremos todas as nossas interações num mundo digital moderado por um assistente de IA. Talvez não utilizemos um motor de busca, mas iremos perguntar a um assistente de IA por voz, escrita ou gestos.

Yann LeCun, chefe de IA da Meta durante o Fórum Econômico Mundial.


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