Ao conquistar sua sétima Bola de Ouro, Lionel Messi estabelece um novo recorde de títulos e entra na história como o primeiro jogador do Paris Saint-Germain a erguer o prestigioso troféu. Ele ficou à frente do polonês Robert Lewandowski e do italiano Jorginho.
Ao conquistar sua sétima Bola de Ouro, Lionel Messi estabelece um novo recorde de títulos e entra na história como o primeiro jogador do Paris Saint-Germain a erguer o prestigioso troféu. Ele ficou à frente do polonês Robert Lewandowski e do italiano Jorginho.
O troféu foi entregue na noite desta segunda-feira (29) em uma cerimônia no Teatro Châtelet, no centro de Paris. Messi foi eleito o melhor da temporada principalmente pelo título da Copa América com a Argentina, após vitória de 1 a 0 contra o Brasil na final.
No palco, Messi recebeu o troféu das mãos de seu amigo e ex-companheiro do Barcelona, o uruguaio Luis Suárez. Em seu discurso de agradecimento, Messi, fez questão de dedicar sua nova recompensa aos companheiros da seleção Albiceleste. Messi também viu um vídeo de sua cidade, Rosário, e ainda no palco, acionou um botão que simbolicamente acendeu as luzes da Torre Eiffel ao final da cerimônia.
A homenagem luminosa só foi possível por ser um jogador do clube francês. E ao fazer história como o primeiro jogador do Paris Saint-Germain a erguer o troféu tão cobiçado, Messi mostrou satisfação: “É um orgulho para mim ser o primeiro jogador a ganhar a Bola de Ouro com a camisa do Paris. É especial por que até então eu só tinha ganhado com a camisa do Barcelona. Ganhar com outros cores e aqui em Paris, onde vivo atualmente é especial e uma honra”, disse.
Messi também elogiou a performance do polonês Lewandowski, do Bayern de Munique, segundo colocado na disputa. O polonês foi eleito o melhor da Fifa em 2020, ano que o troféu Bola de Ouro não foi atribuído. Na cerimônia desta segunda-feira, Lewandowski conquistou o troféu de goleador do ano.
Aos 34 anos, Messi exibe duas Bolas de Ouro a mais que seu grande rival nas disputas de melhor jogador, o português Cristiano Ronaldo. O atual atacante do Manchester United terminou em sexto na classificação da Bola de Ouro, prêmio que é resultado de uma votação feita por jornalistas do mundo inteiro. O melhor brasileiro na classificação foi Neymar Jr., que ficou em 16° lugar.
Messi não foi o único atleta do Paris Saint-Germain a brilhar na festa. O italiano Gianluigi Donnarumma, também contratado pelo clube parisiense no início da atual temporada, foi eleito melhor goleiro e faturou o troféu Yachine, principalmente por sua atuação com a seleção italiana, vencedora da Eurocopa. Donnarumma pegou vários pênaltis na final contra a Inglaterra, o que garantiu o título para a Squadra Azzura.
O Chelsea, campeão da Liga dos Campeões, foi eleito o melhor clube da temporada.
O jogador do Barcelona Pedri, 19 anos, recebeu o troféu Kopa, de melhor jovem jogador. O meio campista do Barça e da seleção espanhola disputou 73 jogos na temporada passada e teve 92% de passes bem sucedidos na Eurocopa. O jovem ficou entre os 11 melhores da competição.
A 3ª Bola de Ouro de melhor jogadora da temporada foi para a espanhola Alexia Putellas, meio-campista do Barcelona. Ela fez uma emocionante homenagem a seu pai, morto em 2012.
A cerimônia também rendeu homenagem ao dinamarquês Simon Kjaer por seus gestos que salvaram o jogador Christian Eriksen, que sofreu uma parada cardíaca em campo durante uma partida pela Eurocopa.
Reações na imprensa francesa
“As sete maravilhas do monstro”, escreveu o diário esportivo L’Équipe ao se referir às conquistas de Messi. Antes de erguer o troféu este ano, o argentino já tinha levantado a mesma estatueta em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019.
Para o jornal Le Figaro, Messi se mantém um jogador de referência mundial, mas ele ainda não é uma “Bola de Ouro” com o PSG, onde ainda não parece se sentir totalmente à vontade em campo e pena a imprimir seu estilo. No entanto, o diário afirma que a “Pulga”, como também é conhecido, tem ainda condições de aumentar sua já legendária história no futebol se conquistar a Liga dos Campeões com o time parisiense.
Le Parisien destaca que Messi é “sete vezes rei” e exulta com o fato inédito de que pela primeira vez um jogador que pertence ao PSG ergue o troféu. Mesmo contestado, esse título, o sétimo de sua carreira, conforta a posição do argentino no panteão dos melhores jogadores de todos os tempos, analisa o jornal.
Mesmo que o prêmio este ano ainda provoque muitas controvérsias, o fato é que demonstra que o atual jogador parisiense continua no nível mais alto do futebol, escreve Le Parisien.