Avassalador, ‘Godzilla Minus One’ é o ‘filme de monstro’ perfeito – Prisma


Figura icônica na cultura pop, o monstro Godzilla já estrelou diversos projetos, alguns muito aclamados, outros nem tanto assim. Perto de completar 70 anos, o famoso personagem ganhou recentemente o filme mais impactante de toda a sua franquia. Godzilla Minus One chegou aos cinemas sem tanto alarde, mas conquistou o coração dos críticos de cinema rapidamente. E quer saber a verdade? A produção japonesa merece mesmo todos os elogios que está recebendo. 



Nesta nova adaptação, acompanhamos Koichi Shikishima, interpretado por Ryunosuke Kamiki, um jovem piloto kamikaze do exército do Japão. Desertor, ele fingiu que seu avião tinha um problema para fugir de seu destino suicida, já que a Segunda Guerra Mundial tinha chegado ao fim. 



O protagonista escapa da morte que parecia certa, mas logo dá de cara com o aterrorizante Godzilla, que destrói a base em que ele pousou sua aeronave. A partir daquele momento, Koichi vai ter que lidar com a culpa de ter desistido de sua missão, mas também a de ter sobrevivido ao ataque do monstro. 


E é com esse drama de início que Minus One passa a explorar uma gama de assuntos fortes e complexos, como estresse pós-traumático, os horrores que a guerra deixa, governos negligentes e, obviamente, o luto.


O cineasta Takashi Yamazaki filma com primor, desde as cenas devastadoras de destruição até os momentos mais intimistas e dramáticos, igualmente impactantes. É nessa dualidade de simples e descomunal que o diretor encontra o equilíbrio perfeito para contar a história. 


Yamazaki também transita perfeitamente entre os gêneros do roteiro, fazendo tudo se conectar com facilidade, do terror ao drama, do romance aos ótimos toques de humor. Tudo isso com a ajuda de um elenco competente, com destaque para Minami Hamabe, a Noriko, e Sakura Ando, a Sumiko. O protagonista, mais mergulhado no melodrama, entrega boas cenas, especialmente em suas interações com as duas atrizes. 


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O filme original, de 1954, é homenageado em várias das escolhas da produção, como a aparência do monstro, uma mistura de seu primeiro visual com traços mais tecnológicos. E ele realmente bota medo! A trilha sonora é outro acerto, remetendo imediatamente aos clássicos filmes de monstros e arrepiando a plateia. 



Vale dizer que Minus One também dá uma aula de como aproveitar ao máximo seus recursos. A produção teria custado em média US$ 15 milhões, valor muito abaixo do gasto pelos filmes hollywoodianos do monstro, quase todos orçados acima dos US$ 150 milhões. 


Os efeitos especiais são excelentes, com algumas das cenas mais impactantes em todos os filmes da franquia. Minus One consegue encontrar beleza em meio ao caos, com momentos que, certamente, vão ficar na sua mente por algum tempo. O filme merece mesmo ser visto em uma tela bem grande. 


Com bastante sensibilidade, Godzilla Minus One é o “filme de monstro” perfeito. O longa é um retrato avassalador do confronto dos traumas. Os monstros que enfrentamos impactam profundamente nossas vidas, mas não necessariamente definem quem nós somos para sempre. 



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