Venezuela condena posição do Reino Unido sobre condições das eleições no país

Caracas, 25 nov (EFE).- A Venezuela condenou nesta quinta-feira o posicionamento do governo do Reino Unido sobre as eleições realizadas no país sul-americano no último domingo, de que as condições necessárias para pleito livre e justo ficaram “muito abaixo dos padrões necessários”.

Através de comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, Caracas classificou como “inaceitáveis” as manifestações britânicas e garante que as eleições aconteceram “com a mais absoluta normalidade e civilidade”.

De acordo com o Reino Unido, embora as condições possam ter melhorado, como indicaram observadores da União Europeia, está claro que ainda não foi atingido um patamar satisfatório, dentro dos padrões internacionais, para que as eleições fossem “livres e justas”.

O governo britânico ainda lamentou que candidatos de oposição tenham sido “desqualificados arbitrariamente, que recursos estatais tenham sido canalizados e o acesso aos meios de comunicado tenha sido dado em favor do regime de Nicolás Maduro”.

Segundo a nota oficial venezuelana, as afirmações “revelam uma intencionalidade política hostil” contra o governo do país sul-americano e constituem uma “intromissão inaceitável em assuntos internos de uma nação soberana”.

Caracas ainda exigiu ao Reino Unido “deixar de lado o desrespeito, a ingerência e as práticas coloniais que caracterizaram sua errática política exterior” e também retificar o conteúdo das manifestações sobre as eleições no país sul-americano.

O governo da Venezuela destacou que todas as correntes políticas participaram das eleições municipais e estaduais do último domingo e que houve mais de 300 observadores internacionais, assim como o acompanhamento de um painel de especialistas da ONU.

De acordo com os dados mais recentes, que ainda passarão por processo de recontagem, o chavismo conseguiu eleger 18 dos 23 novos governadores, e 205 dos 335 prefeitos que iniciarão mandato. EFE


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