A chuva deve voltar a cair no Parque Nacional de Hwange, no Zimbábue, nos próximos dias, aliviando a forte seca acentuada pelas mudanças climáticas e pelo fenômeno El Niño na região. Até agora, mais de 100 elefantes que viviam na reserva morreram de sede.
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Poços de água estão secos
- O parque tem 14.600 quilômetros quadrados e é o lar de mais de 45 mil elefantes da savana.
- Já são mais de seis semanas sem nenhuma gota de chuva e temperaturas que chegam a ultrapassar os 40ºC.
- Em função do clima extremo, os animais mais jovens, os mais velhos e os doentes acabaram não resistindo.
- Segundo os guardas da reserva, alguns cadáveres foram encontrados em poços de água secos.
Superpopulação de elefantes também preocupa
Em média, um elefante bebe mais de 200 litros de água e come cerca de 140 quilos de comida por dia. Mas a pouca água que resta no parque não tem sido suficiente para atender tantos animais.
A seca, agravada neste ano pelo fenômeno climático El Niño, levou alguns elefantes para regiões perigosamente perto de habitações humanas. Há relatos que eles beberam água de piscinas de casas particulares e de poços de água contaminados por animais mortos.
O problema não é novo. Em 2019, mais de 200 elefantes morreram pelo mesmo motivo. Mas dessa vez a situação pode ser ainda pior com a chegada do verão. Até agora, 112 mortes foram confirmadas desde setembro.
Temos temperaturas altas e não temos água. Eles estão fadados a ficar estressados e morrer. Não são apenas os elefantes que são afetados, há também outros animais. Os elefantes podem ser facilmente notados por causa de seu tamanho.
Tinashe Farawo, porta-voz da autoridade de parques nacionais do Zimbábue
Hwange faz parte da Área de Conservação Transfronteiriça Kavango-Zambeze, que abrange parques em Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue. Todos têm fronteiras nas bacias dos rios Okavango e Zambeze. Um levantamento aéreo iniciado em 2022 estimou a população de elefantes da região em 227,9 mil animais.
O problema é que a quantidade é maior do que a capacidade das reservas naturais existentes. E esse cenário de superpopulação também pode explicar as mortes registradas nos últimos meses. As informações são da Phys.org.