EUA não devem ter ilusões sobre Taiwan, diz China

PEQUIM (Reuters) – Não existe espaço para um meio-termo em relação a Taiwan e os Estados Unidos não deveriam ter ilusões sobre isso, disse o Ministério da Defesa da China nesta quinta-feira, acrescentando que o governo norte-americano fez uma série de “provocações” a respeito de vários temas ultimamente.

A China diz que a questão de Taiwan, que reivindica como parte de seu território, é a mais delicada nos laços com os EUA, que também são os principais apoiadores internacionais e fornecedores de armas da ilha.

Diferenças acentuadas sobre Taiwan persistiram durante uma reunião virtual entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, no início deste mês. Xi disse que aqueles em Taiwan que buscam a independência, e seus apoiadores nos EUA, estão “brincando com fogo”.

Indagado durante um briefing mensal em Pequim sobre os laços militares sino-norte-americanos à luz da conversa recente entre os presidentes dos dois países, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, disse que ter um relacionamento saudável e estável é bom para os dois lados e é o que o mundo espera.

A China está disposta a manter intercâmbios e cooperação com os EUA, acrescentou ele.

“Entretanto, durante um período de tempo, o lado dos EUA disse muitas coisas irresponsáveis e fez muitas provocações a respeito de Taiwan, do Mar do Sul da China e reconhecimento próximo com navios de guerra e aeronaves”, disse Wu.

A China tem princípios para o desenvolvimento de relações entre os militares dos dois países, o que equivale a dizer que soberania, dignidade e interesses centrais não podem ser violados, acrescentou.

“Especialmente na questão de Taiwan, a China não tem espaço para um meio-termo, e o lado dos EUA não deveria ter quaisquer ilusões sobre isso.”

Taiwan, que tem um governo democrático, critica a China por sua pressão diplomática e militar crescente para tentar forçá-la a aceitar a soberania chinesa sobre a ilha.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, promete defender a ilha e diz que só seu povo pode decidir seu futuro.

(Da redação de Pequim)


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