Chimpanzés podem reconhecer amigos e familiares após décadas separados

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriram que chimpanzés podem reconhecer outros animais da mesma espécie mesmo após mais de duas décadas sem vê-los. Isso significa que os primatas possuem a memória não humana mais duradoura já registrada.

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Teste de memória

  • Durante o experimento, a equipe de pesquisadores usou câmeras de rastreamento ocular infravermelho para registrar onde bonobos e chimpanzés olhavam quando eram mostradas duas imagens simultâneas de outros animais.
  • Uma foto era de um estranho e a outra era de um bonobo ou chimpanzé com o qual o animal conviveu por um ano ou mais.
  • Os olhos dos primatas permaneceram significativamente mais tempo em imagens daqueles que já conheciam, sugerindo algum grau de reconhecimento.
  • Além disso, eles olharam por mais tempo para indivíduos com os quais tiveram relacionamentos mais positivo.
  • Em outras palavras, pareciam reconhecer mais os amigos do que os inimigos.
  • As informações são do Phys.org.
Dois chimpanzés brincando
Chimpanzés (Imagem: Vladimir Turkenich/Shutterstock)

As descobertas também reforçam a teoria de que a memória de longo prazo em humanos, chimpanzés e bonobos provavelmente vem de nosso ancestral comum compartilhado que viveu entre 6 milhões e 9 milhões de anos atrás. Isso significa que experimentos do tipo podem ajudar a ciência a entender como os humanos desenvolveram uma memória de longo prazo tão boa.

Não sabemos exatamente como é essa representação, mas sabemos que dura anos. Este estudo está nos mostrando não o quão diferentes somos de outros macacos, mas o quão semelhantes somos a eles e como eles são semelhantes a nós.

Laura Simone Lewis, principal autora do estudo

Os resultados do estudo foram publicados na revista Proceedings of the National Academies of Sciences. No total, foram mostradas imagens para 26 bonobos e chimpanzés.

Enquanto os animais bebiam uma garrafa cheia de suco diluído, telas se alternavam entre pares de imagens. As câmeras monitoravam onde os olhos dos primatas vagavam. E o computador registrou o tempo gasto em cada imagem em uma fração de segundo.

O que ainda não está claro é que tipo de memórias foram ativadas durante o experimento. Os cientistas esperam conseguir responder este questionamento no futuro a partir de novas pesquisas realizadas com os animais.


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