Um medicamento que se propõe a atrasar o processo de envelhecimento e estender a vida dos cães recebeu aprovação positiva da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de saúde nos Estados Unidos, na terça-feira (28).
Embora ainda não esteja disponível, a empresa planeja obter a aprovação até 2026 para a produção e comercialização do medicamento, com o objetivo de prolongar a vida dos animais de estimação.
Medicamente que prolonga a vida de cachorros
Medicamento representa um marco significativo na busca por melhorar a saúde e a longevidade dos animais de estimação – Foto: Reprodução
A empresa que desenvolveu o medicamento é a Loyal, uma empresa dos Estados Unidos especializada em biotecnologia.
A agência (FDA) considerou que os dados fornecidos para o medicamento, denominado LOY-001, são suficientes e apresentam “uma expectativa razoável de eficácia”.
Na prática, essa aprovação significa que, após a revisão pela FDA dos dados relativos à segurança e à fabricação da Loyal, a empresa está autorizada a prosseguir com o processo de desenvolvimento e testes do medicamento.
Ao The New York Times, a fundadora e executiva-chefe da Loyal afirmou que a meta é estender a vida dos cães em pelo menos um ano, mas de forma saudável durante esse período.
A esperança é que a autorização da FDA para a comercialização ocorra em 2026 e, até o momento, não há garantias de que o medicamento terá sucesso na prática, além do estágio teórico.
Como o medicamento funciona?
Os estudos conduzidos até o momento indicam que o medicamento tem a capacidade de reduzir as mudanças associadas ao envelhecimento em animais de estimação.
Atualmente, a empresa está avançando no desenvolvimento de um segundo medicamento com o mesmo propósito, o LOY-002, e está recrutando cães para participar de um ensaio clínico.
Nos testes, os cachorros serão categorizados em dois grupos, um de grande porte e outro de pequeno porte, ambos com o objetivo comum de retardar o processo de envelhecimento e fortalecer a resistência a doenças.
O primeiro teste concentra-se na modificação de processos celulares que diminuem a expectativa de vida, enquanto o segundo visa desacelerar o desenvolvimento de demência e insuficiência renal associadas ao envelhecimento.
Todas essas coisas estão relacionadas ao código genético dos cachorros, o DNA. Os pesquisadores dizem que é como se estivessem tentando fazer com que os genes dos cachorros funcionem de maneira diferente à medida que envelhecem.
A esperança no desenvolvimento do medicamento é que, como os cães têm uma vida mais curta do que os humanos, as mudanças no DNA deles são mais fáceis de serem estudadas e ajustadas para alcançar o objetivo desejado.